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Prioridade é aquisição de arte contemporânea
FABIO CYPRIANO
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma das decisões recentes a
respeito do acervo do Museu de
Arte Moderna de São Paulo
contraria seu nome, mas respeita sua história: mesmo com
poucas obras referenciais de
arte moderna brasileira, a prioridade para as aquisições "são
obras a partir dos anos 1960",
segundo o curador da instituição, Felipe Chaimovich.
O motivo histórico foi a transferência do patrimônio do museu, em 1963, pelo seu então criador, o empresário Ciccillo Matarazzo, para a Universidade de
São Paulo, gerando o Museu de
Arte Contemporânea. Com isso,
o MAC surgiu com um acervo
moderno de 1.236 obras, além de
438 do próprio Ciccillo, e o MAM
teve que recomeçar do zero.
Por isso a busca por obras históricas contemporâneas. "A arte
moderna entra no acervo quando for para se entender o contemporâneo", explica Chaimovich. Esse acervo será um dos
destaques das comemorações
dos 60 anos do MAM. A mostra
ocorre entre outubro e dezembro e será um evento paralelo à
28ª Bienal de São Paulo.
Há dois anos, o museu havia
realizado a mesma proposta,
tendo como curadores Tadeu
Chiarelli, Felipe Chaimovich e
Cauê Alves. "A nova exposição
será mais historiográfica, além
de mostrar parte do que adquirimos desde a última exposição,
um grupo de 700 obras novas",
diz. Com curadoria de Annateresa Fabris e Luiz Camillo Osorio,
do Conselho Consultivo de Arte
do museu, a exposição não deve
repetir muitas obras da última
edição, pois lá foram exibidos
"apenas 16% do acervo", segundo Chaimovich.
França no Brasil
Em 2009, Ano da França no
Brasil, o destaque será para a
Coleção de Fotografia M. + M.
Auer, do casal suíço Michele e
Michel Auer. "Essa é uma das
maiores coleções de fotografia,
com mais de 50 mil imagens, e
como eles doaram o acervo para Montpellier, essa exposição
foi reconhecida como parte da
programação do Ano da França", diz. A mostra terá como curadores Eder Chiodetto e a
francesa Élise Jasmin. "Eles estão trabalhando questões da fotografia para utilizar a coleção
inteira, que pode ser abordada
desde a invenção da fotografia",
explica Chaimovich.
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