São Paulo, terça-feira, 13 de setembro de 2011

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Trilogia de Yael Bartana será exibida no Brasil

DO ENVIADO ESPECIAL A TEL AVIV

A 54ª Bienal de Arte de Veneza, em cartaz até 27 de novembro, teve nos pavilhões nacionais o foco de maior repercussão. Deles, um dos mais comentados foi o da Polônia.
Primeiro, por sua escolha inédita, com a artista Yael Bartana, de Israel, representando o país polaco.
Depois, pelo caráter polêmico da obra, a trilogia "E a Europa se Abismará", uma série de filmes sobre o Movimento da Renascença Judaica na Polônia, que defende o retorno de 3 milhões de judeus com antepassados poloneses expulsos pelo nazismo.
A trilogia é um dos três programas de filmes organizados pelo Centro da Cultura Judaica de São Paulo, nos dias 1º e 2 de outubro, paralelos à abertura do 17º Videobrasil.
A seleção foi organizada por Sergio Edelsztein, do Centro de Arte Contemporânea (CCA), em Tel Aviv. A curadoria de Edelsztein reuniu artistas que também terão trabalhos exibidos no Videobrasil, como Nurit Sharett e Dor Guez.
Em "E a Europa se Abismará", Bartana utiliza, de forma sarcástica, os mitos de criação do Estado de Israel, como os pioneiros sionistas, responsáveis por sua construção.
Ao focar no discurso de um jovem líder que defende o retorno do judeus à Polônia, a artista apresenta uma situação ambígua, por meio da retórica da propaganda populista.
Tratando de um tema ficcional, Bartana toca numa das principais feridas da atual situação de Israel em suas disputas por território e identidade.
"Há muito tempo eu tenho interesse em sair da bolha do mundo da arte para tocar a realidade de uma forma mais direta", defende a artista. (FÁBIO CYPRIANO)



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