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FILMES
TV ABERTA
Elenco sustenta sucesso de "É Proibido Beijar"
Jumanji
Globo, 13h05.
EUA, 96, 104 min. Direção: Joe Johnston.
Com Robin Williams, Bonnie Hunt. Dois
garotos descobrem, no sótão de sua
nova casa, um estranho jogo capaz de
projetá-los em um mundo de terror. Ao
mexerem no jogo, trazem de volta o
antigo morador da casa, que ficou 26
anos desaparecido.
É Proibido Beijar
Cultura, 15h30.
Brasil, 54, 85 min. Direção: Ugo
Lombardi. Com Tônia Carrero,
Zimbienski. Tônia se faz passar por
estrela de cinema, para que o pai ganhe
uma aposta. Mas a história vai se
complicar o bastante para render uma
comédia. Filme feito com poucos
recursos, mas a produtora entrou com
um elenco de primeira linha. Fez sucesso
ao seu tempo. Vale. P&B.
O Último Dragão
Record, 17h.
(The Last Dragon). EUA, 85, 95 min.
Direção: Michael Schultz. Com Taimak
Guarriello, Denise Katrina Smith. Casal de
faixas pretas enfrenta gangues de artes
marciais no Harlem e um produtor de
discos apaixonados pela heroína.
"Enlatado" faixa branca.
O Pirata
Record, 19h.
(Pirates). EUA, 1986, 107 min. Direção:
Roman Polanski. Com Walter Matthau,
Damien Thomas. Matthau é o pirata
capitão Red, cujo navio afunda. Red vai
se recuperar. Já Polanski naufraga de
uma vez nesta aventura sem destino.
Fim dos Dias
SBT, 22h.
(End of Days). EUA, 99, 120 min. Direção:
Peter Hyams. Com Arnold
Schwarzenegger, Gabriel Byrne. Às
vésperas do ano 2000, Satã está em Nova
York em busca de uma mulher para
gestar seu filho, o anticristo. A escolhida
começa a ter visões e a ser perseguida
por religiosos, e Arnold é o tira que a
protege. Alguém quer comparar isso
com, por exemplo, "O Bebê de
Rosemary"? Não, não precisa. Inédito.
Soldado Universal - O Retorno
Globo, 23h05.
(Universal Soldier - The Return). EUA, 99,
82 min. Direção: Mic Rodgers. Com Jean-Claude van Damme, Michael Jai White.
Van Damme agora torna-se consultor e
cria soldados ainda mais inexpugnáveis.
Mas o computador que controla o
projeto lidera uma rebelião.
O Homem que Nunca Existiu
Bandeirantes, 0h.
(The Man Who Never Was). Inglaterra,
56, 103 min. Direção: Ronald Neame.
Com Clifton Webb, Gloria Grahame.
Antes de invadir a Itália, britânicos põem
papéis secretos num cadáver para
confundir os alemães. O fato ocorreu na
Segunda Guerra. Legendado.
O Marido Ideal
Globo, 1h05.
(An Ideal Husband). Inglaterra, 99, 96
min. Direção: Oliver Parker. Com Rupert
Everett, Jeremy Northam. Na Inglaterra
do século 19, político tem sua reputação
ameaçada por chantagista. Baseado em
peça de Oscar Wilde. Inédito.
O Trambique do Século
Globo, 2h45.
(The Great White Hype). EUA, 1996, 91
min. Direção: Reginald Hudlin. Com
Samuel L. Jackson, Jeff Goldblum.
Empresário de campeão negro de boxe
busca um adversário que ajude os
negócios a continuarem rendendo.
(IA)
TV PAGA
Inexpressividade de Britt Ekland acha seu papel
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
O fato mais notável da carreira de Britt Ekland foi certamente ter casado com Peter Sellers (1925-80), que lhe deu um
empurrão seguro.
Nem por isso Ekland deixou de
ser o que era: uma loirinha bonita,
mas sem carisma para segurar um
papel principal e sem expressividade para segurar um papel mais
complexo (embora fosse sueca
-ou justamente por isso: nos
anos 60, as suecas boas de câmera
estavam todas lotadas no departamento Bergman).
Mas é isso que a faz ideal para o
papel de Rachel Schpitendavel em
"Quando o Strip-Tease Começou" (68). O diretor do filme, William Friedkin, também estava começando sua carreira, estava na
prática em seu segundo filme.
Poucos anos depois faria "Operação França" (71), que foi o sucesso
que foi. Havia também um bom
elenco masculino: Jason Robards
e Elliott Gould, entre vários outros. Gould também estouraria
pouco depois, com "M.A.S.H.".
Mas, como já se vê pelo título, o
centro do filme é a atriz. E nisso
Britt Ekland funcionou direitinho, porque um dos paradoxos é
que a garota que inventa o strip-tease (por acaso, é bem verdade) é
uma jovem quaker.
Os quakers têm sempre, ao menos no cinema, aquele jeito de
quem acabou de chegar de um
outro mundo, ou de que nunca o
deixaram. E Ekland tem um ar de
eterna recém-chegada.
Existe, portanto, uma passagem
direta da inocência à indecência,
do espírito religioso à nudez, que
é uma coisa que vira-e-mexe volta
no cinema americano ("Hardcore", de Paul Schrader -talvez o
melhor exemplo).
Não se sabe se é a sexualidade, o
espírito religioso ou ambos
-mas que há coisa mal resolvida
nisso, há. Já no caso de Britt, tudo
está bem resolvido: é o papel perfeito para uma atriz bonitinha,
pouco expressiva e bem casada.
QUANDO O STRIP-TEASE COMEÇOU.
Quando: hoje, às 21h30, no Telecine
Happy.
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