São Paulo, sábado, 19 de julho de 2008 |
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Documentário "É Tudo Falso (Fakes)" analisa a pirataria DA REPORTAGEM LOCAL Há duas formas de assistir ao documentário "É Tudo Falso (Fakes)". Uma é buscando culpados. A outra é se sentindo culpado. Opte pela segunda: o documentário ganha impacto abordando a indústria criminosa que mais cresce no mundo. "Fakes" mostra que a pirataria não nasceu na China, mas sim da decisão de grandes corporações em transferir sua produção para a Ásia atrás da redução de custos. O efeito colateral foi óbvio: o chinês que faz um legítimo Nike viu que também poderia fazer um genérico. O documentário foge do lugar-comum ao revelar que o apelo por uma marca cobiçada não sofre distinção social. Uma dondoca londrina explica candidamente durante sua sessão de botox por que comprou a bolsa falsificada. "A fila [pela original] demoraria seis meses, e aí ela já teria saído de moda", diz. Ela pagou 20 vezes menos o que custaria a original -cerca de 20 vezes menor é também o salário desses chineses. Quem melhor fecha a equação é Christophe Zimmermann, da Organização Aduaneira Mundial. Ele afirma que a pirataria chegou até aos medicamentos. E deixa claro que não existe inocência ao se comprar uma Louis Vuitton na pechincha. (PRISCILA PASTRE-ROSSI)
É TUDO FALSO - 1ª PARTE
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