São Paulo, quarta-feira, 20 de junho de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Crítica

Spielberg escapa ao previsível em "Munique"

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Se "Munique" começa com o atentado contra os atletas israelenses, na Olimpíada de 1972, é bem outra sua questão: o plano urdido e posto em prática pelo governo israelense, gabinete de Golda Meir, para esclarecer e vingar o episódio.
O que se poderia esperar de Steven Spielberg, não por suas convicções políticas, mas pelas cinematográficas, seria um filme que, partindo de um problema e de uma proposta de ação, se encaminhasse para a elucidação completa do caso e, portanto, para a satisfação do espectador.
Eis que, movido por convicções políticas, Spielberg desvia-se do roteiro previsível para situar o espectador no beco sem saída das hostilidades no Oriente Médio. E o que devia ser claro e evidente torna-se brumoso (quando não francamente pantanoso). E o espectador -consumidor de cinema, que se acostumou a pagar o preço da entrada para não ser frustrado- que se vire. Azar, cinema é também um modo de conhecimento.


Texto Anterior: Show: Chico César canta antigos sucessos
Próximo Texto: Resumo das novelas
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.