|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FILMES DE HOJE
TV ABERTA
"O Espião que me Amava" marca nova fase de 007
Dr. Dolittle
Globo, 13h15.
EUA, 98, 85 min. Direção: Betty Thomas.
Com Eddie Murphy, Ossie Davis. No
"remake" de "Dr. Dolittle" (1967),
Murphy é um médico feliz da vida até
que reencontra o dom que tinha na
infância: comunicar-se com animais.
A Arte de Amar Bem
Cultura, 15h30.
Brasil, 69. Direção: Fernando de Barros.
Com Raul Cortez, Eva Wilma, John
Herbert. Três episódios cômicos sobre
amor e traição em que o destaque maior
é o elenco.
No Ritmo da Dança
Record, 18h.
(Dance with me). EUA, 98, 115 min.
Direção: Randa Haines. Com Vanessa L.
Williams, Chayanne. Após a morte da
mãe, jovem cubano troca seu país por
Houston, Texas, onde mora o pai.
Detonando em Barcelona
Bandeirantes, 20h30.
(Wheels on Meals). Hong Kong, 84, 104
min. Direção: Sammo Hung Kan-Bo. Com
Jackie Chan, Sammo Hung Kan-Bo.
Instalados em Barcelona, os amigos
Jackie e David sentem-se na agradável
obrigação de dar uma força a seu amigo
Moby, detetive particular desastrado às
voltas com caso que envolve herdeira
milionária.
O Guarda-Costas
Globo, 22h55.
(My Bodyguard). EUA, 92, 129 min.
Direção: Mick Jackson. Com Kevin
Costner, Whitney Houston. Guarda-costas infalível, Kevin vai tomar conta de
uma cantora famosa. Ele não pode se
apaixonar por ela. Apaixona-se. Tem
ainda uma das músicas mais irritantes de
todos os tempos, "I Will Always Love
You", com a própria Whitney.
007 - O Espião que me Amava
SBT, 23h.
(The Spy who Loved me). EUA, 77.
Direção: Lewis Gilbert. Com Roger
Moore, Barbara Bach, Curt Jurgens. Os
serviços secretos britânico e russo
resolvem juntar forças para descobrir o
que aconteceu com seus submarinos
desaparecidos. James Bond e a poderosa
Barbara Bach, uma das bond girls com
mais personalidade da série, tentam
deter o responsável pela bagunça, um
bilionário e lunático vilão que pretende
construir uma sociedade submarina. O
episódio marca uma fase mais bem-humorada para o agente secreto.
Os Sicilianos
Bandeirantes, 0h30.
(Le Clan des Siciliens). França, 1969, 120
min. Direção: Henri Verneuil. Com Jean
Gabin, Alain Delon. Gabin é o velho
gângster que planeja e executa seu
último grande golpe. Policial aceitável,
servido por um elenco muito a calhar.
Deuses e Monstros
Globo, 1h15.
(Gods and Monsters). EUA, 98, 105 min.
Direção: Bill Condon. Com Ian McKellen,
Brendan Fraser, Lynn Redgrave. Os
últimos dias de vida de James Whale, o
criador de "Frankenstein" e mestre do
terror dos anos 30, são retomados.
Tomates Verdes Fritos
Globo, 3h.
(Fried Green Tomatoes). EUA, 91, 130
min. Direção: Jon Avnet. Com Kathy
Bates, Jessica Tandy. Três gerações de
mulheres. Num asilo, uma velha senhora
conta a Kathy Bates as histórias de duas
amigas, que se passam pelos anos 20/30,
numa pequena cidade do Alabama. As
moças exercitam amplamente sua
liberdade e dão, de certo modo, lições de
vida à infeliz Bates.
(INÁCIO ARAUJO E BRUNO YUTAKA SAITO)
TV PAGA
A arte e o divino se entrecruzam nas telas
BRUNO YUTAKA SAITO
DA REDAÇÃO
Ambos tratam do belo, do divino, mas co-existem em trajetórias distintas. Religião e arte se
cruzam o tempo todo, em lugares
onde vida, morte e brevidade são
vias comuns.
"O Quarto do Filho" e "Magnólia" não tratam de doutrinas específicas, mas sim dessas tais vias.
Não bastassem suas virtudes cinematográficas, eles interagem com
esses mundos de forma quase física, em que a intertextualidade é
moeda comum. O que aproxima
o homem do divino -obra de arte ou um deus- é antes de mais
nada uma busca.
Em "O Quarto do Filho" somos
apresentados à rotina tranquila
da família de um psicanalista
(Nanni Moretti); segue-se a morte
do filho; o choque, a descrença, a
busca por respostas; e a tentativa
de superação da dor.
Moretti, aqui, cuida da psique
alheia: a sessão de psicanálise
constitui-se de um jogo de confiança e símbolos. Quando seu filho morre, perde o distanciamento dos pacientes, o equilíbrio na
relação com o mundo, e não consegue mais ajudar as pessoas. Vê,
então, que os vários "e se" espalhados e as possibilidades perdidas são nada mais do que ilusões.
Já as várias histórias contidas
em "Magnólia" perguntam o
tempo todo se coincidências existem, se as casualidades e intersecções seguem algum padrão.
Antes da morte, em "O Quarto",
cada membro da família passa
por contratempos quase imperceptíveis: um assalto, um caminhão que cruza perigosamente a
estrada, como a lembrar que a vida está sempre por um fio. "Magnólia" joga o tempo todo com o
espectador e é mais explícito em
seus sinais. Referências bíblicas,
mais especificamente ao versículo
2, do Êxodo 8, que aborda as rãs, a
segunda praga, pipocam pela tela.
Personagens envoltos em pecados, culpas e arrependimentos,
como se vítimas do destino.
São sinais espalhados, que reproduzem as tais coincidências da
vida. Sinais divinos? É o cinema
tratando, à sua maneira, de temas
que não seguem uma lógica, de
fiéis e não-fiéis.
MAGNÓLIA. Quando: hoje, às 21h30, no
Cinemax Prime.
O QUARTO DO FILHO. Quando: hoje, às
22h, no Cinemax.
Texto Anterior: Astrologia - Barbara Abramo Próximo Texto: Novelas da semana Índice
|