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Crítica
Longa sobre seqüestro discute a fé
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Quase ninguém mais lembra
do episódio: Patty Hearst, herdeira do magnata da mídia, foi
seqüestrada em dado momento
por um movimento dito revolucionário, ou terrorista, enfim,
uma espécie de Brigadas Vermelhas de pequeno alcance, já
que a coisa se dava nos EUA.
O grupo teve seus minutos de
fama, e foram mais de 15, não só
por conta do seqüestro como
por sua decorrência imediata:
Patty Hearst em dado momento apresenta-se como convertida aos ideais revolucionários
do grupo.
É desse estranho episódio
que Paul Schrader procura dar
conta em "O Seqüestro de
Patty Hearst" (TC Cult, 22h;
14 anos). Tem a seu favor Natasha Richardson no papel
principal. E algumas questões
intrigantes. O que é essa estranha conversão de Patty? Por
que as pessoas se convertem?
Por que as pessoas têm fé em
algo, que pode ser Deus, a revolução ou o que for? São essas as
questões com que lida o protestante Schrader. Questões que,
claro, fizeram do filme um fracasso (porém notável).
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