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Crítica
"Assim Estava..." faz retrato ácido de Hollywood
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
"Assim Estava Escrito"
(TCM, 22h; classificação indicativa não informada) é um
desses títulos sem nenhum
sentido: o que estava escrito? O
roteiro? O destino? Não, nada.
Tudo se tece cena após cena: o
ambicioso candidato a produtor Kirk Douglas vai pisando
em cima de quem encontra pela frente: o amigo futuro diretor, a atriz, o roteirista.
É do belo e do horrível do cinema que fala Vincente Minnelli com um tal entusiasmo
que se torna difícil acreditar
que o cotidiano de Hollywood
não seja mesmo mais ou menos
desse jeito. Porque para que
um se acerte é preciso que outros caiam pelo caminho, de
um modo ou de outro.
Trata-se de uma aula de cinema -em que bastidores correspondem no caso àquilo que
se vê na tela- de que o momento maior é aquele em que
Kirk despede um famoso diretor, porque lhe parece que todas as cenas do filme não estão
magníficas como ele gostaria.
Vale ver o que o diretor responde e o que acontece. Só que isso
não dá para contar aqui.
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