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"Ele é mais para paranóico", diz secretário Sayad
AUDREY FURLANETO
DA REPORTAGEM LOCAL
O secretário da Cultura de
São Paulo, João Sayad, respondeu às críticas do regente John
Neschling sobre ser mal-assessorado e, ao "convocar um concurso público para maestro",
demonstrar "total desconhecimento de como se faz a sucessão numa grande orquestra".
"A idéia não é um concurso
público, mas um "searching
commit", um comitê de seleção
que convida maestros interessados a tocar na orquestra para
serem avaliados pelo comitê e
até pelos músicos. É assim que
as grandes orquestras fazem",
diz Sayad. "Não tenho interesse
em concorrer em cosmopolitismo com esse maestro. Se ele
chama isso de caipira, eu acho
que ele é mais para paranóico.
(...) Dá para ele o prêmio de cosmopolita do ano."
Sayad nega um convite ao argentino naturalizado israelense Daniel Barenboim. "Ele
[Neschling] é que cismou com
isso."
Já sobre as turnês internacionais da Osesp, às quais o governo estadual teria feito restrições por causa de uma "visão
provinciana", nas palavras de
Neschling, o secretário diz que
não vê "orquestra como time de
futebol. Tem que fazer turnês
internacionais, só que nós
achamos que têm que fazer nacionais. A avaliação é que essas
viagens eram de uma autopromoção muito grande".
Sayad diz ainda que o salário
do maestro é uma decisão do
conselho. "Mas já ouvi dizer
que, com esse salário, o "searching commit" pode discutir a
contratação de vários maestros", diz. "Veja, o maestro fez
um bom trabalho. Mas são dez
anos e eu não vejo nada de errado [na decisão de não renovar o
contrato com a Osesp]."
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