São Paulo, domingo, 25 de setembro de 2011

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Coleção traz Kieslowski no próximo domingo

10º volume da Coleção Folha Cine Europeu inclui 'A Liberdade É Azul'

Filme do cineasta polonês, estrelado por Juliette Binoche, é o primeiro da chamada trilogia das cores
DE SÃO PAULO

A Coleção Folha Cine Europeu leva às bancas, no próximo domingo, "A Liberdade É Azul", do polonês Krzysztof Kieslowski (1941-1996).
Junto ao DVD, um livro traz imagens e informações sobre esse longa, que se tornou "cult movie" quando lançado, em 1993, e sobre a obra do cineasta, um dos mais importantes do seu país.
O filme é o primeiro da chamada trilogia das cores, na qual Kieslowski trabalhou, em cada filme, com uma das cores da bandeira francesa (azul, branco e vermelho) e seus significados (liberdade, igualdade e fraternidade).
Segunda produção francesa rodada pelo diretor (a outra foi "A Dupla Vida de Véronique", de 1991), "A Liberdade É Azul" mostra Julie (Juliette Binoche), que sobrevive a um brutal acidente de carro, mas perde o marido e a filha de cinco anos.
Em profunda depressão, ela tenta superar o trauma apagando tudo que a remeta ao passado. Ainda assim, é convidada a concluir uma composição antes encomendada ao seu marido músico.
A força do filme está, justamente, na orquestração que Kieslowski faz entre imagens e sons, utilizando as músicas de Zbigniew Preisner para traduzir na tela os diversos estados de espírito por que Julie vai passando até fazer as pazes com a vida.
Não à toa, o Festival de Veneza premiou a obra como melhor filme, direção, fotografia e atriz.
"A Liberdade É Azul" não foi o primeiro trabalho de vulto do diretor, tampouco uma ruptura estilística.
Homem que viveu na Polônia dominada pela repressão soviética, era de seu interesse trazer para a tela algo bastante profundo sobre o ser humano. Isso está em seus primeiros trabalhos, documentários sobre o cotidiano de trabalhadores e militares.
Kieslowski escrevia o roteiro de outra trilogia, de "A Divina Comédia", de Dante, quando morreu, aos 54 anos.


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