São Paulo, terça-feira, 25 de outubro de 2011

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Brasil tenta se destacar em ações de resgate

DO ENVIADO A BRASÍLIA

Num gramado da Universidade de Brasília, um bombeiro ateia fogo a papéis e tecidos. Funcionários de museus do mundo todo se aproximam, tímidos, arquejando com o peso dos extintores, para apagar o que podia ser um incêndio em seus acervos.
Foi uma simulação em pequena escala dos enormes riscos que atingem coleções de arte no mundo.
Na semana passada, diretores de museu, restauradores e outros profissionais foram a Brasília participar de debates e testes como esse, num seminário do Ibermuseus, órgão que representa instituições dos países ibero-americanos.
Enquanto chamas mal lambiam a caixa de papelão no jardim da universidade, uma tempestade tropical atingia El Salvador na semana passada, arriscando inundar os acervos arqueológicos do país.
Eduardo Góchez, que trabalha na direção de museus do país, acompanhava de Brasília imagens da tormenta e acertava detalhes da cooperação do Brasil no resgate às obras.
Depois do incêndio que destruiu parte do acervo de Hélio Oiticica e das enchentes que devastaram a cidade histórica de São Luiz do Paraitinga, no interior paulista, o Brasil vem dando mais atenção à prevenção de desastres.
"Construímos uma rede de pessoas para isso, uma espécie de 'museólogos sem fronteiras'", compara José do Nascimento Júnior, diretor do Instituto Brasileiro de Museus. "A região é um laboratório de riscos, com vulcões, terremotos."
Além da cooperação com El Salvador, o órgão do Ministério da Cultura agora planeja ações em Lorca, cidade atingida por um terremoto na Espanha, no Haiti e na criação de um museu sobre a civilização egípcia, no Cairo. (SM)



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