São Paulo, terça-feira, 25 de outubro de 2011 |
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CRÍTICA DRAMA Com aspecto improvisado, "Pater" critica teatro do poder PEDRO BUTCHER COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO A inclusão de "Pater" no Festival de Cannes causou estranheza. A "Variety", por exemplo, questionou o que fazia um filme "improvisado" e "indefinido" na disputa pela Palma de Ouro. Mas os dois adjetivos, no caso, podem ser vistos como qualidades. "Pater" é uma obra inclassificável, mas compreensível se observada no contexto da trajetória do diretor Alain Cavalier, que realizou documentários muito pessoais como "Le Filmeur" e "Irene". Com câmeras portáteis, ele e o ator Vincent Lindon brincam de filmar e de desempenhar os papéis de presidente e de primeiro-ministro. É algo caseiro, mas nem tanto. Vemos seus cotidianos, mas, também, muita encenação. Nesse formato frouxo, conduzido pelo improviso e indefinido entre documentário e ficção, Cavalier encontrou uma forma lúdica de criticar o teatro do poder -principalmente ao modo de operação desse teatro na França. Sim: "Pater" é um filme profundamente francês. Muitas das situações às quais ele alude serão obscuras para quem não conhece detalhes da política do país. Mas o essencial é facilmente compreendido: o poder guarda, sempre, um caráter absurdo. PATER DIREÇÃO Alain Cavalier PRODUÇÃO França, 2011 QUANDO hoje, às 14h, no Cine Sabesp CLASSIFICAÇÃO 18 anos AVALIAÇÃO bom Texto Anterior: Crítica/Drama: Em "Loverboy", Mitulescu põe a Romênia diante do espelho Próximo Texto: Diário da calçada - Vanessa Barbara: Romaria dramática Índice | Comunicar Erros |
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