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Discípulos, Gil, Caetano e Macalé exaltam a apresentação do músico
LUIZ FERNANDO VIANNA
DA SUCURSAL DO RIO
MARCO AURÉLIO CANÔNICO
ENVIADO ESPECIAL AO RIO
Só a lista de João Gilberto e
de sua namorada, Cláudia Faissol, tinha 95 nomes. E os VIPs
de sempre voltaram a ocupar o
fosso da orquestra, na boca do
palco, como no show de Roberto Carlos e Caetano Veloso, na
última sexta-feira.
Dentre os convidados que
ocuparam a platéia e o balcão
nobre do Teatro Municipal, estavam alguns dos mais conhecidos discípulos de João.
"Ouvi-lo cantar e tocar é algo
extraordinário", exaltou Gilberto Gil. "E perceber os diferenciais, cada nova nuance em
cada nova canção, vê-lo garimpar coisas extraordinárias, canções que nunca ouvi ou de que
não me lembrava, os melismas
que ele sutilmente fez em "Rosa
Morena" e "Samba do Avião"...
Ele estabelece uma atmosfera
tão quieta e tranqüila que você
ouve os passos das formigas
dentro das canções."
Caetano Veloso destacou
"Treze de Ouro" e a citação de
uma canção de Severino Filho,
dos Cariocas, pois nunca tinha
ouvido João interpretá-las.
Achou muito bonito o cantor
deixar o público conduzir
"Chega de Saudade", mas disse
já ter visto a cena em outras
apresentações.
"Não foi o melhor [momento
do show], porque o melhor é ele
cantando. Mesmo nas músicas
de sempre, ele sempre faz diferente", afirmou Caetano.
Outro espectador experiente
de João, o cineasta Cacá Diegues elegeu o show de domingo
como o melhor do artista que já
viu. "Nunca o vi tão solto, alegre, feliz. Foi um sonho", disse.
Jards Macalé sentou na primeira fila, bem diante do amigo. "Não roubei os acordes, mas
observei bem", brincou.
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