|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FILMES E TV PAGA
TV ABERTA
"Além das Nuvens" marca retorno de Antonioni
007 - Os Diamantes São Eternos
SBT, 12h25.
(Diamonds Are Forever). EUA, 1971, 125
min. Direção: Guy Hamilton. Com Sean
Connery, Jill St. John, Charles Gray.
Connery ensaiou um retorno como
agente 007 neste filme em que enfrenta
outro milionário disposto a tomar conta
do mundo, Blofeld. O consolo, dele e
nosso, é Jill St. John.
Fé
Cultura, 16h30.
Brasil, 1998. Direção: Ricardo Dias.
Documentário que busca fornecer uma
visão abrangente sobre a fé no Brasil, isto
é, não apenas seu aspecto religioso, mas
tudo que a cerca, inclusive a política e a
economia. O único problema é ter sido
feito quase ao mesmo tempo que "Santo Forte",
o notável trabalho de Eduardo Coutinho.
O Mundo Perdido - Jurassic Park
Record, 20h15.
(The Lost World - Jurassic Park). EUA,
1997, 129 min. Direção: Steven
Spielberg. Com Jeff Goldblum, Julianne
Moore, Richard Attenborough. Ao saber
que o mundo dos dinossauros não se
extinguiu com o fim do primeiro Jurassic
Park, o dr. Ian Malcolm (Goldblum) fica
excitadíssimo para ir ao local. Segundo e
mais fraco da série. Não acrescenta
grande coisa ao original (de 1993);
efeitos garantem o espetáculo.
A Incrível Aventura de Bill & Ted
Bandeirantes, 20h30.
(Bill & Ted's Excellent Adventure). EUA,
1988, 86 min. Direção: Stephen Herek.
Com Keanu Reeves, Alex Winter. Aqui, os
adolescentes Bill e Ted estão na pior,
precisando fazer um trabalho de história
para não levar bomba. Um alien vem em
seu auxílio e os leva a um passeio.
Romeu Tem que Morrer
SBT, 22h30.
(Romeo Must Die). EUA, 2000, 115 min.
Direção: Andrzej Bartkowiak. Com Jet Li.
Tira de Hong Kong investiga a morte do
irmão, que era gângster nos EUA.
Descobre que ele era rival de uma
gangue de negros. Claro! Apaixona-se
pela irmã do líder da gangue.
Além das Nuvens
Bandeirantes, 0h30.
(Par-delà les Nuages). França, Itália,
Alemanha, 1995, 109 mim. Direção:
Michelangelo Antonioni e Wim Wenders.
Com Marcello Mastroianni, Fanny
Ardant, Irène Jacob, John Malkovich,
Sophie Marceau, Ines Sastre, Peter
Weller, Jeanne Moreau. Três episódios
que marcaram o retorno de Antonioni ao
cinema após um derrame que o deixou
com o corpo semiparalisado. Que dizer?
Antonioni meio paralítico é melhor do
que 99% dos cineastas em atividade. A
primeira história, dos amantes (ou não
amantes) de Ferrara, Itália, é memorável.
Poucas e Boas
Globo, 1h25.
(Sweet and Lowdown). EUA, 1999, 95
min. Direção: Woody Allen. Com Sean
Penn. Aqui, Sean Penn é o músico
espalhafatoso dos anos 30, com
indecisões amorosas. Inédito.
Um Time Muito Louco Contra-Ataca
SBT, 2h05.
(Major League: Back to the Minors). EUA,
1998, 100 min. Direção: John Warren.
Com Scott Bakula. Terceira comédia de
uma série sobre beisebol. Inédito.
Meu Nome É Coogan
Globo, 3h05.
(Coogan's Bluff). EUA, 1968, 100 min.
Direção: Don Siegel. Com Clint
Eastwood. Primeiro encontro entre o
diretor Siegel e o então apenas astro
Clint. Ele faz o xerife do Arizona que vai a
Nova York para prender suspeito de
assassinato. Filme bom, horário ruim.
Rezando na TV
SBT, 4h10.
(Pray TV). EUA, 1982, 100 min. Direção:
Robert Markowitz. Com John Ritter.
Discussão sobre o uso da TV como
veículo de pregação religiosa.
(IA)
TV PAGA
Maus modos fazem a força de "Amarelo Manga"
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
O crítico e diretor Eduardo
Valente, da revista "Contracampo", chamou a atenção para o
problema que vai se constituindo
no cinema brasileiro. A diferença
entre os filmes -mais pobres ou
mais ricos, da Globo ou dos "independentes"- deixou de ser
questão de diversidade para se
tornar problema de desigualdade.
Somos um país especialista em
criar desigualdades. E criamos
mais uma, quase inadvertidamente. Hoje há, de um lado, os
grandes filmes, o marketing colossal, os anúncios na TV. De outro, os pequenos filmes, que eventualmente ganham um prêmio
em festival e chegam a um público
razoável.
Foi esse, aliás, o caso de "Amarelo Manga", com suas histórias
entrelaçadas do baixo mundo recifense, narradas (e muito bem,
diga-se) em um tom crispado,
forte como as cores carregadas
que passam na tela. Há o homem
em seu quarto imundo. A bela
mulher do bar com sua vagina
descoberta. O hotel, o bar e a casa
da moça crente. É aos poucos que
se vai montando o painel mais
que interessante deste filme. É um
filme a ver e ponto final. Quanto
antes, melhor.
É um filme de Cláudio Assis,
que faz alguns dias se pôs a xingar
Hector Babenco durante a distribuição de um prêmio.
Alguns ficaram contra, outros a
favor. Eu penso apenas: mas não é
a cara do filme? "Amarelo Manga" não é uma espécie de vasto
xingamento, um apelo a quebrar
as regras da etiqueta e da camaradagem característica, inclusive, de
categorias profissionais?
Não é como nos lembrar de que
talvez as regras estejam erradas e
de que é preciso discuti-las outra
vez? Enfim, a atitude mal-educada coincide com este filme áspero.
Nem só de bons modos se faz o
mundo.
AMARELO MANGA. Quando: amanhã,
às 21h, no Canal Brasil.
Texto Anterior: Astrologia Próximo Texto: José Simão: Ereções 2004! Crucificaram o Thiago Lacerda! Índice
|