Velocidade Máxima
Globo, 13h.  
(Speed). EUA, 1994, 115 min. Direção: Jan de Bont. Com Keanu Reeves, Sandra Bullock. Ônibus tem de andar a pelo menos 80 km/h, caso contrário, a bomba que carrega explodirá. Um enorme e estranho sucesso, já que nada nos leva a crer na humanidade dos personagens.

Operação Cupido
SBT, 13h50.  
(The Parent Trap). EUA, 1998, 127 min. Direção: Nancy Meyers. Com Lindsay Lohan, Dennis Quaid. "Remake" do filme infanto-juvenil de 61. Irmãs são separadas ainda bebês, mas se encontram com 11 anos.

O Gato de Madame
Cultura, 16h30.  
Brasil, 1952, 86 min. Direção: Agostinho Martins Pereira. Com Mazzaropi. Enquanto faz entrega de roupas para a mulher, Mazzaropi é seguido pelo gato de uma das clientes. Madame oferece bela recompensa pelo gato desaparecido. Mazzaropi sob a égide de Abílio Pereira de Almeida, que moldou sua temática popular característica. P&B.

A Balada do Pistoleiro
Bandeirantes, 21h. 
(Desperado). EUA, 1995, 104 min. Direção: Robert Rodriguez. Com Antonio Banderas. Banderas é o sujeito que aparece em uma cidade disposto a acertar umas contas. Estranha evolução do diretor: quando o filme não é convencional, é puro exercício de estilo, quando não é estilo, é nada.

Assassino Virtual
SBT, 22h. 
(Virtuosity). EUA, 1995, 105 min. Direção: Brett Leonard. Com Denzel Washington, Russell Crowe. Monstro cibernético foge ao controle de seu criador, o que leva a polícia privatizada a persegui-lo.

Quem É o Infiel?
Bandeirantes, 0h.   
(A Letter to Three Wives). EUA, 1949, 103 min. Direção: Joseph L. Mankiewicz. Com Jeanne Crain, Linda Darnell. Três mulheres recebem carta anônima em que uma mulher afirma ter fugido com o marido de uma delas.

A Missão
Globo, 0h30.  
(The Mission). Inglaterra, 1986, 125 min. Direção: Roland Joffe. Com Robert de Niro, Jeremy Irons. Na América do Sul do século 18, padres jesuítas criam as missões, que tinham por objetivo catequizar índios. Na verdade, a coisa é mais ambígua do que isso.

Advogado por Engano
SBT, 1h.  
(Trial and Error). EUA, 1997, 98 min. Direção: Jonathan Lynn. Com Jeff Daniels, Charlize Theron. Depois de passar por uma despedida de solteiro que o pôs na lona, jovem advogado deve ser substituído em julgamento por um amigo incapaz. Comédia de erros.

Nas Montanhas dos Gorilas
Globo, 2h35.  
(Gorillas in the Mist). EUA, 1988, 117 min. Direção: Michael Apted. Com Sigourney Weaver. Weaver foi indicada para o Oscar ao viver Dian Fossey, estudiosa e protetora dos gorilas de Ruanda, aqui biografada. O filme dá conta não de uma maníaca (ou não só), procurando mostrar o caráter combativo de Fossey.

A Maldição de Frankenstein
SBT, 2h50.    
(The Curse of Frankenstein). Inglaterra, 1957, 82 min. Direção: Terence Fisher. Com Peter Cushing. Embora mais célebre por seu Drácula, Fisher reconta a história de Frankenstein.

Uma Troca Muito Louca
SBT, 4h20. 
(Hero in the Family). EUA, 1986, 95 min. Direção: Mel Damski. Com Christopher Collet. Ao tocar em raro cristal, o melhor astronauta da Nasa tem seu cérebro trocado com o de um macaco. (IA)

TV PAGA

Quando os fins acabam por justificar os meios

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

"Baader - Retrato da Guerrilha Urbana" pode não ser um grande filme. Aliás, não é um grande filme, embora no início até dê a impressão de que vai muito mais longe do que vai.
Mas é um desses filmes de que não se pode ignorar o tema: a guerrilha. E, falando guerrilha, falamos militância de esquerda. E, falando militância de esquerda, falamos idealismo (idealismo materialista, mas vá lá), desprendimento, luta pelo bem comum à frente do bem individual.
Pois bem, o que justifica que um grupo de pessoas bem-intencionadas tenha se transformado em um bando sanguinário? Nada, a não ser a crença. E, mais do que isso, o excesso de crença.
Algo semelhante aconteceu na Itália mais ou menos na mesma época, os anos 60. O que estará acontecendo na Colômbia hoje em dia? Fala-se da guerrilha misturada ao tráfico de drogas. Se for verdade, reafirma-se a crença de que os fins justificam os meios!
Não convém atribuir toda a culpa por essas maluquices ao marxismo, exceto por cultivar a fé como as religiões e dar a seus fiéis a crença de que estão certos a ponto de poderem se permitir tudo.
Isso é o mais estranho na trajetória do grupo Baader-Meinhof: nada os predispunha às atrocidades em que se envolveram, a não ser a fé. Não deve ter sido muito diferente com o Khmer Vermelho: era gente instruída, muito mais propensa à tolerância do que a outra coisa.
Filmes como este evocam o horror contemporâneo, em que a fé em Marx foi substituída pela fé em Deus, e a coisa desandou de vez. Talvez fosse o caso de voltarmos ao velho e sábio Howard Hawks e ao personagem que, em "Rio Vermelho", dizia: "Matando e rezando. Matando e rezando. Por que não deixam o Senhor fora disso?". Talvez porque seja mais fácil creditar a Deus o que é uma questão exclusiva dos homens.