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Televisão/Crítica
Diretor extrai dramaticidade de Barrabás
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Como o TCM continua em
sua jornada mística de agosto,
hoje é dia do "Barrabás"
(17h10; classificação indicativa
não informada) de Richard
Fleischer.
Barrabás é o ladrão que o povo poupou da morte, preferindo indultá-lo e mandando Jesus Cristo para a crucificação.
Foi por conta disso, aliás, que
surgiu a expressão "entrar nessa como Pilatos no Credo".
Quer dizer: Pilatos fez o melhor que pôde para salvar Jesus
e ainda entrou para a história
como o vilão da coisa toda.
Aqui ficaremos sabendo que
Barrabás talvez preferisse ele ir
à cruz, tais e tantas são as culpas que o assolam, pois sabe
que um (ou melhor: o) inocente pagou pelos seus pecados.
Trata-se de um personagem
fascinante, não há dúvida, seja
porque todos nós temos um
quê de Barrabás (somos os pecadores por cuja salvação o
Cristo se sacrifica), seja porque
Richard Fleischer, que era um
ótimo diretor, sabe extrair a
dramaticidade do destino singular (isto é: daquilo que tem
de singular) desse homem.
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