São Paulo, quarta-feira, 28 de setembro de 2011

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Diários do exílio trarão revelações inéditas do diretor

DE SÃO PAULO

Aguarda-se para os próximos meses mais ruído em torno do barulhento e controverso legado de Glauber Rocha. O motivo é a publicação, pela editora Cosac Naify, dos diários escritos pelo cineasta entre 1970 e 1972, durante o exílio em diferentes países.
Os diários foram legados por Glauber ao diplomata Arnaldo Carrilho, amigo e incentivador da obra do diretor, que hoje é embaixador do Brasil na Coreia do Norte.
Desde que anunciou o desejo de publicar o material, Carrilho recebeu manifestações de resistência por parte de estudiosos da obra de Glauber, para quem trazer os diários à tona será expor em demasia a vida íntima do cineasta -sincero e virulento com tudo e com todos.
"Há um certo receio, porque o que vai ser publicado vai ser uma bomba para os glauberianos", diz o diplomata, que se nega a comentar o que especificamente poderia causar tamanha celeuma. O embaixador, que escreve a apresentação do volume, diz apenas que Glauber "se expõe totalmente e vai muito além do que se espera dele".
Paloma Rocha, filha de Glauber, endossa a informação de que os diários trarão "revelações que ninguém nunca leu". Quem coordenava a edição do livro na Cosac era o diretor editorial Augusto Massi, que deixou o cargo em maio último, o que nem Paloma nem Carrilho sabiam -mostraram surpresa ao serem informados pela reportagem. A editora informa que os diários devem sair entre o fim do ano e o começo de 2012.


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