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Estudantes são maioria entre os freqüentadores
DA REPORTAGEM LOCAL
"As pessoas diziam que o museu não ia ter visitação, porque
o assunto é chato", diz William
Nacked, diretor-executivo do
Instituto Brasil Leitor.
Se quando aceitou a tarefa de
gerir o Museu da Língua Portuguesa Nacked encontrou um
clima geral de descrença, quando entregou-o aos novos gestores da Poiesis, Nacked foi embora levando consigo a sensação de dever cumprido.
"Meu maior orgulho é que os
estudantes entram no museu
amarrados, achando que vão
odiar, e saem amarrados, de
tanto que gostam", afirma.
A administração do museu
estima que, entre o 1,2 milhão
de visitantes que recebeu até
aqui, 750 mil sejam estudantes.
A rotina de freqüentadores
do museu demonstrou que o fato de ser dedicado à língua portuguesa atraiu um público que
não é habitual em museus dedicados a outros temas.
Língua de todos
"Trabalho com administração de condomínio. Não sou do
meio culto. Mas a língua é de
todos, né?", afirma Rosana Salgueiro, que visitava a exposição
dedicada a Machado de Assis
na última sexta-feira.
Por recomendação de uma
amiga, Rosana foi ao museu levando o filho Henrique, 7, que
"gosta muito de ler". O que
Henrique gosta de ler? ""Harry
Potter" e "Homem-Aranha'",
responde o garoto.
Henrique aprovou o museu,
especialmente o caça-palavras
que integra a exposição permanente, no qual, movendo rapidamente os braços, ele teve a
impressão de que "as sílabas viravam raios".
As atrações multimídia do
museu são também um dos
pontos preferidos do aposentado Zelito Salles, 63, em sua sexta visita ao museu. "Adoro
aquele planetário de palavras,
em que os versos vão se projetando sobre o corpo das pessoas", afirma.
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