|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FILMES
TV ABERTA
Peck protagoniza clássico do capa-e-espada
K-9 - Um Policial Bom pra
Cachorro 2
Globo, 13h05.
(K-911). EUA, 1999, 91 min. Direção:
Charles T. Kanganis. Com James Belushi,
Christine Tucci. Quando Jerry Lee, o
pastor alemão, entra na compulsória, o
detetive Belushi tem de se acostumar
com a companhia de um doberman.
DNA, Caçada ao Predador
Record, 20h.
(DNA). EUA, 1996, 93 min. Direção:
William Mesa. Com Mark Dacascos,
Jurgen Prochnow. Cientista trabalha
com DNA de modo a trazer à vida antigos
fósseis da floresta amazônica.
Em Busca da Escritura Sagrada
Bandeirantes, 20h30.
(Mo Him Wong). Hong Kong, 1996, 90
min. Direção: Siu-Ting Ching. Com Jet Li,
Rosamund Kwan. O lado mais original da
trama diz respeito ao fato de um escritor
-cuja vida pessoal está cheia de
problemas- se identificar com seu
herói, o Rei dos Aventureiros. O menos
empolgante diz respeito à proximidade
entre essas aventuras e as já conhecidas
e vividas por Indiana Jones (busca de
preciosidade também cobiçada por
japoneses e mafiosos). Jet Li pontifica.
Prova de Vida
SBT, 22h.
(Proof of Life). EUA, 2000, 135 min.
Direção: Taylor Hackford. Com Meg Ryan,
Russell Crowe, David Morse. Engenheiro
em um país latino-americano, Morse é
seqüestrado por rebeldes. Diante da
pedida alta que fazem, sua firma envia
um negociador (Crowe) ao local. Que
negocia muito bem, em particular com a
mulher do engenheiro.
Falcão dos Mares
Bandeirantes, 23h30.
(Captain Horatio Hornblower). EUA,
1951, 117 min. Direção: Raoul Walsh.
Com Gregory Peck, Virginia Mayo. Peck
interpreta o comandante britânico que
cumpre, com arrojo, inteligência e
altivez, suas missões durante as Guerras
Napoleônicas, ao mesmo tempo em que
encanta Virginia Mayo. Um clássico do
capa-e-espada. Legendado.
Mera Coincidência
SBT, 1h.
(Wag the Dog). EUA, 1998, 97 min.
Direção: Barry Levinson. Com Robert de
Niro, Dustin Hoffman, Anne Heche.
Presidente dos Estados Unidos envolve-se em escândalo sexual, em vista do que
um especialista em resgate de políticos
na pior (De Niro) é convocado. Sua idéia
consiste em, com a ajuda de um
produtor de Hollywood (Hoffman),
produzir uma guerra para abafar o
escândalo. As semelhanças com os
problemas em que se envolveu Bill
Clinton são mera coincidência, mas
vieram a calhar. A idéia dessa sátira
política é que uma boa guerra resolve
bons problemas. O elenco é, no entanto,
o ponto mais forte do filme.
Tão Longe, Tão Perto
Globo, 1h35.
(Faraway, So Close). Alemanha, 1993,
144 min. Direção: Wim Wenders. Com
Otto Sanders, Bruno Ganz, Peter Falk,
Nastassia Kinski. Seqüência de "Asas do
Desejo", em que dois anjos sobrevoavam
Berlim, às vésperas da queda do Muro.
Aqui, o dito muro caiu, e um deles
resolve se tornar humano, a fim de poder
interferir nas coisas. Mas nem sempre
essa condição o deixará feliz. Bem
inferior ao primeiro filme do alemão Wim
Wenders.
Dallas - O Retorno de J.R.
SBT, 3h.
(Dallas - J.R. Returns). EUA, 1996, 120
min. Direção: Leonard Katzman. Com
Rosalind Allen, Christopher Demetral.
"Revival" da velha série, em que o
vilanesco J.R. volta à sua cidade, disposto
a recuperar as empresas da família. Para
tanto, terá de recorrer a alguns golpes
um tanto baixos. Feito para a TV. Só para
São Paulo.
Nos Tempos da Brilhantina
Globo, 3h10.
(Grease). EUA, 1978, 110 min. Direção:
Randal Kleiser. Com John Travolta, Olivia
Newton-John. Musical de grande
sucesso, dos primórdios de Travolta, aqui
evocando os anos 50 e as maneiras dos
jovens de então de se amar. Simpático e
também cheio de energia.
(IA)
TV PAGA
Por que um cafajeste age como cafajeste?
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Não faz tanto tempo, Jece Valadão surgiu na TV pregando a palavra de Cristo. Ninguém
levou muito a sério: então o velho
cafajeste tinha se convertido? Duvido. Na certa, queria aproveitar o
fabuloso mercado da fé.
Não se pode avaliar a fé de ninguém, nem sua verdade, até que
ela se manifeste plenamente, como já bem sabia Carl Th. Dreyer.
Mas Jece Valadão é o caso mais
forte de imagem pública que se
vincula a uma pessoa. Assim como seu filme mais célebre como
ator é "Os Cafajestes" (Canal
Brasil, 22h45), de Ruy Guerra,
quase todos os seus papéis são de
cafajestes. Os filmes que produziu
dizem respeito a cafajestes.
Há um outro caso quase tão
marcante, o de Zé do Caixão. Como José Mojica Marins, seu criador, usa na vida real as unhas
compridas do personagem, ninguém imagina que um e outro
possam ser diferentes. O caso Jece
é o de um ser anfíbio: ao mesmo
tempo galã e mau-caráter.
Mas é como produtor que, me
parece, deu a melhor contribuição ao cinema. Foi dos melhores
(e continua pouco reconhecido).
Contando certa vez a história de
"Os Cafajestes", ele lembrava que
Guerra era um excelente diretor,
mas tinha o hábito de prolongar
as filmagens. Por quê? Simples:
enquanto rola a filmagem, nunca
falta comida e alojamento.
Jece, que tinha pouco dinheiro
para fazer o filme, diz que ficou
em cima dele para a filmagem não
atrasar. E, de fato, não atrasou.
Quando vejo "Os Cafajestes", até
hoje não entendo por que Jece e
Daniel Filho fazem tantas malvadezas com Norma Bengell. Pode
ser sadismo. Repressão. O que
quiser: nada esgota o assunto, nada me convence como explicação.
Exceto a evidente: fazem porque
são cafajestes. Caso contrário não
o seriam. As coisas são o que são.
OS CAFAJESTES. Quando: hoje, às
22h45, no Canal Brasil.
Texto Anterior: Astrologia Próximo Texto: José Simão: Ueba! Rosinha nasceu da costela do Garotinho! Índice
|