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Crítica
Performance conceitual marca "Crime Delicado"
PAULO SANTOS LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Ainda que a atuação de um
ator de cinema tenha de estar
mais na relação entre ele e a câmera do que na qualidade e no
naturalismo da performance,
há projetos que pedem algo
mais próximo do "real".
Para isso, há, aqui no Brasil,
métodos de preparação que
rendem diamantes, como
Leandra Leal em "Nome Próprio" (em cartaz no Rio e SP).
Mas esse estilo de atuação
não pode ser critério geral. Graças a ele, foi metralhada a ótima
performance de Lilian Taublib
em "Crime Delicado" (Cinemax, 23h30; não recomendado
para menores de 14 anos).
Uma performance de corpo
em cena, ideal para este filme-tese de Beto Brant. As formas
de Lilian personificam a beleza
total, uma apoteose sensorial
que tumultua a razão de um
crítico teatral (Marco Ricca).
Nessa chave de atuação codificada e conceitual, temos na
madrugada "Sem Essa Aranha" (Canal Brasil, 4h; não recomendado para menores de
12 anos), de Rogério Sganzerla,
que conta com o performático
Jorge Loredo (o Zé Bonitinho).
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