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Festival traz peças circenses de sete países
Mostra que ocupa sete unidades do Sesc até o dia 12/5 abarca espetáculos internacionais para crianças e adultos
Intrépida Trupe, Acrobático Fratelli, Nau de Ícaros e La Mínima estão no roteiro de peças nacionais
As linguagens derivadas do circo encontraram pela frente, nos últimos anos, um desafio: crianças sempre foram um público cativo; faltava, no entanto, fortalecer os vínculos com os adultos.
Com grupos de sete países (Austrália, Canadá, Espanha, França e uma coprodução Dinamarca/Itália, além do Brasil), o Festival Internacional Sesc de Circo faz malabarismo para abarcar todo tipo de plateia. Os espetáculos, baseados em pesquisas de dramaturgia, seguem até 12 de maio.
"O que entendemos por dramaturgia em circo é simplesmente o uso de técnicas circenses para contar histórias", observa Carolina Garcez, uma das curadoras da programação. "Nesses espetáculos, a técnica não fica na esfera do virtuosismo", diz.
As escolhas do festival "também não se restringiram aos dois países que se tornaram referência em dramaturgia para circo", diz Carolina, referindo-se especialmente às atrações do Canadá (entre elas a companhia L'Arsenal) e da França (Cie Barolosolo), dois destaques da programação (veja ao lado).
A montagem australiana "Cantina", da companhia Strut & Fret, está entre as opções para adultos. Com classificação etária para maiores de 18 anos, apresenta números acrobáticos em clima de cabaré, inclusive com toques de erotismo. Na verdade, trata-se de um espetáculo tecnicamente bem aprumado.
Entre os nacionais estão os grupos Nau de Ícaros e o jovem mágico Gutto Thomaz. A dupla La Mínima apresenta dois espetáculos, entre eles o divertidíssimo "A La Carte", sobre dois miseráveis que dividem um lar.