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Escritor discute memórias em mesa em Paraty
RODRIGO LEVINO ENVIADO ESPECIAL A PARATYTobias Wolff trata hoje, numa mesa com o mexicano Juan Pablo Villalobos, de um tema que lhe é caro: a literatura como objeto de memória e confissão.
Foi a partir de sua realidade que Wolff se tornou um dos escritores mais respeitados dos EUA no pós-guerra, expoente do chamado "realismo sujo".
O escritor narrou sua infância difícil em "O Despertar de Um Homem" (1989), que virou filme em 1993, com Robert De Niro e Leonardo DiCaprio.
"Me interesso pela solidão e pela violência que são consequências do nosso evangelho do individualismo, pelos problemas de classe em uma sociedade que finge não ter classes, pelas relações atormentadas entre homens e mulheres", disse Wolff.
Sobre autores brasileiros, como Graciliano Ramos, o homenageado da Flip, Wolff é sincero: "Conheço clássicos como Machado de Assis e Mario de Andrade. Mas vou te contar, sou muito provinciano nas minhas leituras, e isso é muito constrangedor".