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Autora reúne em livro mapas 'sentimentais' de Nova York

GUILHERME GENESTRETI DE SÃO PAULO

Wall Street: pesar. Algum ponto a oeste do Central Park: um mendigo me perseguiu aos berros. Meatpacking District: demora para se apreciar.

Registros como esses, espalhados em 75 mapas de Nova York, foram reunidos pela americana Becky Cooper, 25, no livro "Mapping Manhattan" (mapeando Manhattan), lançado em abril nos EUA.

A escritora percorreu a ilha nova-iorquina de ponta a ponta, entregando mapas em branco a moradores e pedindo que cada um os devolvesse com anotações livres. A proposta era criar um "quadro emocional" da cidade.

"São autobiografias acidentais", diz Becky à Folha. "Em vez de revelar algo sobre os lugares, os mapas dizem mais sobre quem os criou."

Alguns mandaram colagens, outros enviaram locais onde viveram amores. Um marido apontou os hospitais em que a mulher fez quimioterapia e morreu.

"As instruções foram propositalmente vagas", diz Becky, que se inspirou em "As Cidades Invisíveis", obra sobre lugares e memórias escrita por Italo Calvino (1923-1985).

Ela estima ter recebido 400 mapas, alguns incluídos em seu site(mapyourmemories.tumblr.com), que ainda aceita contribuições.

A lista inclui famosos como Philippe Petit, que em 1974 se equilibrou num cabo entre as torres do World Trade Center.

O mapa que encerra o livro é da própria autora. Aponta onde estudou, o primeiro emprego e onde "perdeu a dignidade". "No meu mapa, um lugar só existe se há alguma emoção ligada a ele."


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