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Arcade Fire domina a noite com ópera indie
Banda canadense encerra Lollapalooza em show redentor que superou atuação dos demais ' nomões' do festival
Apresentação de ontem emocionou público; entre hits, New Order mostrou sentir falta do baixista Peter Hook
Nove anos após vir ao Brasil pela primeira vez, no papel de coadjuvante dos Strokes e com apenas um disco, a banda canadense Arcade Fire volta no papel redentor de atração principal do encerramento do Lollapalooza.
O público mostrou elevado grau de entrega, envolvido pelos hits e pelas músicas de "Reflektor", lançado em outubro de 2013. E por várias referências brasileiras.
O que se insinuou um "carnaval de gringo" no começo, com o telão mostrando cenas carnavalescas do filme "Orfeu Negro" (1959) momentos antes de a banda subir ao palco, virou mesmo uma ópera indie, com rebuscada sonoridade que vai do pop barroco francês à disco music promovida por 12 músicos por uma hora e meia de apresentação.
O show foi espetacular da primeira à 17ª canção, da nova "Reflektor" à emocionante "Wake Up", do álbum de estreia, lá de 2004, com direito a citações de Tom Jobim e Caetano Veloso no setlist.
DO ROCK AO ELETRÔNICO
No show que o New Order fez no palco Interlagos, simultâneo ao do Arcade Fire, ficou evidente que a banda sente a falta do baixista Peter Hook. Mas acertou no repertório.
Começou bem rocker e depois mergulhou mais no eletrônico. Tocaram hits como "Perfect Kiss" e "Blue Monday" e clássicos do Joy Division, como "Transmission" e "Love Will Tear Us Apart".
No fim da tarde, os Pixies tocaram 22 músicas sem que seu vocalista, Black Francis, jamais se dirigisse à plateia.
Num dos shows mais animados do festival, o quarteto nova-iorquino Vampire Weekend fez os jovens moderninhos dançarem com seu rock misturado a punk pop, eletrônica e sons africanos, funcionou bem.
"New York é a melhor cidade da América do Norte, São Paulo é a melhor cidade da América do Sul. Tamo junto", disse em português o vocalista Ezra Koening.