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Mistério vai além do 'quem matou?', diz Patricia Pillar
DA ENVIADA AO RIOO sucesso de "O Rebu" depende da questão já clássica em novelas: "quem matou?". Segundo integrantes do elenco, entretanto, o suspense vai além, já que todos os personagens têm mistérios.
Para manter o suspense até o fim, a direção do folhetim resolveu gravar as cenas do 37º e último capítulo só um dia antes da exibição.
Na primeira versão do "Rebu" havia, além do "quem matou", o "quem morreu?" --a vítima era a personagem de Betty Mendes travestida de homem, mas isso só foi revelado no meio da trama.
Pillar, que faz a anfitriã da festa na versão atual, torce para ser suspeita. "Espero que todos tenham uma razão para ser o assassino", diz.
Segundo a atriz, o mistério é perene na obra e invade os personagens. "Eles vão se revelando aos poucos. Todos têm empatia, mas ninguém é totalmente bom", afirma.
Na atualização de "O Rebu", o personagem de Patricia Pillar, antes masculino, virou Angela, uma milionária solitária. É dela que vêm os primeiros sinais de que o glamour é constante na obra.
"Ela tem uma elegância no ser. Tem berço e sabe lidar com as pessoas", diz Pillar.
Outro elemento adicionado à versão atual foi a cozinha, que conta com uma equipe de ex-presidiários regenerados, inspirados no reality show do cozinheiro inglês Jamie Oliver --mas bem mais suspeitos, claro.
O penetra, vivido por Lima Duarte em 1974, agora cabe à Jesuíta Barbosa, o ator pernambucano que fez o amigo de Leandro (Cauã Reymond) em "Amores Roubados".
Na novela original, o penetra tinha um caso com uma empregada do anfitrião para entrar na festa. Em 2014, o convite chega a suas mãos num assalto no trânsito.
A maior diferença entre as versões é o ritmo e a quantidade de tramas. Em pouco tempo ficcional, muitas histórias serão contadas agora.
Para quem participou de "O Rebu" original, o maior atrativo foi a inovação. "Era uma coisa impensada. Tudo se passava em uma grande festa de milionários. O Bráulio Pedroso conseguiu manter o interesse do público pela novela inteira", conta Arlete Sales, que interpretou uma das convidadas.
Segundo ela, a única coisa que a enlouqueceu na novela foi vestir a mesma roupa por meses. "Mais: como a história se passava numa festa, todos tínhamos que ser figurantes por semanas. A história se deslocava para outro personagem, mas você continuava ali. Sem folga."