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Crítica
Comédia com Fábio Porchat peca na pobreza de imagens
INÁCIO ARAUJO CRÍTICO DA FOLHA"Meu Passado me Condena" (TC Premium, 20h05; 12 anos) é um caso típico do cinema brasileiro atual. Há ali um bom comediante (Fábio Porchat) e uma companhia "ok" (Miá Mello).
Existem até situações a serem exploradas na trama do fulano que se apaixona, se casa às pressas, vai a um cruzeiro em lua de mel. Só então aparece seu passado, ou o pecadilho do passado.
Não é uma obra-prima de roteiro, mas tudo bem. Porchat tem boa presença e se vira bem produzindo gags verbais (sem a grosseria tão frequente). Mas falta produzir imagens. Durante todo o filme, a câmera parece um instrumento morto, que se limita a captar o humor de Porchat e Miá. Não há um só momento visual a recordar.
Ah, momentos visuais (e musicais) memoráveis produzem Elvis Presley e Ann-Margret em "Amor a Toda Velocidade" (TCM, 16h10).