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Acervo deve ir para novo prédio, mas não há verba DO ENVIADO AO RIOQuase toda a obra de Arthur Bispo do Rosário foi feita usando materiais precários, uma arte do improviso em que tudo, dos lençóis aos uniformes do hospital psiquiátrico, era reaproveitado como tecido e linha colorida. Só isso já torna as peças vulneráveis, mas o fato de estarem todas embrulhadas em papel numa sala sem sistema anti-incêndio e possível alvo de cupins também agrava a situação de risco do acervo. "Tem certos objetos que daqui a pouco não teremos como recuperar", diz Elisabeth Grillo, uma das restauradoras da obra de Bispo. "Fico preocupada com os plásticos duros. Algumas peças de madeira tinham infestação de cupins, com a estrutura já comprometida. Entrei nesse trabalho com receio." Enquanto são restauradas e chamam cada vez mais a atenção do circuito, essas obras também passam por uma valorização inédita. Só o conjunto delas que estará na Bienal de São Paulo está avaliado em R$ 24 milhões. Mesmo com a importância do artista hoje consensual, gestores do Museu Bispo do Rosário, que só tem três funcionários e ocupa uma sala na administração da Colônia Juliano Moreira, não conseguiram garantir recursos para a mudança do museu para um novo prédio, também dentro do complexo. Financiado pela secretaria municipal de Saúde do Rio, o museu deveria passar para um edifício que precisa de reformas. Falta reconstruir o telhado, as paredes e toda a infraestrutura do imóvel -obra de R$ 4 milhões. Também não há recursos para erguer uma nova reserva técnica. (SM) Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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