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Crítica reality show Em 'Festinhas de Arromba', as mães são casos clínicos FRANCESCA ANGIOLILLOEDITORA-ADJUNTA DA “ILUSTRADA” "Ela queria o melhor. E é o que vai ter", diz Nicole. "Ela" é Gracie, e sua mãe está falando sobre os preparativos do seu sexto aniversário. Nicole e sua caçula são as protagonistas da estreia de "Festinhas de Arromba", que acontece amanhã no Discovery Home & Health.
Toda mãe ouve os desejos do filho para o aniversário -as sãs fazem só o que podem. A própria Gracie se sente confusa com o resultado -um "show" (de mais de US$ 32 mil), e não uma festa -na definição do pai, que, como irmãos e amigos, é tragado pelo delírio de Nicole. O mundo da série, infelizmente, sai cada vez mais da tela. Nele, as relações sociais e afetivas são mediadas pelo consumo, e um aniversário especial não é aquele em que o festejado ajuda a enrolar brigadeiros ou assina com garranchos os convites. É uma gincana para ser mais, melhor, único. O prêmio, lá no fim, é a frustração. O canal diz se destinar ao desenvolvimento pessoal do público, o que talvez explique o foco em distorções de comportamento social e psicológico. Vista assim, a série é boa: seus episódios devem ser tomados como casos clínicos, e não modelos a seguir.
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