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RONALDO LEMOS Transparência só não basta Depois de anos, o Brasil aprovou em 2011 a sua Lei de Acesso à Informação, obrigando órgãos públicos a publicar seus dados. Demorou. Países como a Colômbia já tinham a sua desde 1985. A boa notícia é que a lei está "pegando". O acesso à informação do setor público (incluindo a remuneração dos servidores) passou a ser percebido como direito constitucional. Mas transparência não basta. Jogar volumes de dados na rede só para fazer cumprir a lei não aumenta a transparência. Diminui. É só pensar na cena de filme americano: o advogado solicita à outra parte que entregue algum tipo de informação. Em resposta, recebe um caminhão entulhado de documentos. A lei obriga a entrega, mas não diz como ela deve ser feita. Cabe a quem a recebeu procurar. Por isso, é preciso ir além. Os dados precisam ser "aplicáveis". Devem ser organizados e indexados, permitindo que sejam lidos e processados por computador. Isso facilita transformar, por exemplo, as rotas de ônibus de uma cidade em aplicativo de celular. Se os dados são aplicáveis, incentiva-se a inovação e o surgimento de empreendedores para trabalhá-los (o governo Obama soltou uma diretiva sobre isso, link aqui: 1.usa.gov/Loy3dT). Afinal, é impossível lidar com tanta informação na escala humana. Na teoria, o cérebro processa até 48 mil palavras por dia (200 mil para acadêmicos escolados). Precisamos de dados organizados e do computador para ir além. Sem ele, levaríamos séculos só para começar a vasculhar o caminhão de informações públicas. Reader JÁ ERA A empresa fornecer computador padrão aos funcionários JÁ É A empresa permitir que o funcionário traga o seu computador para o trabalho JÁ VEM A empresa exigir que o funcionário traga o seu computador para o trabalho Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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