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Foco Eduardo Portella é celebrado com exposição e debate na ABL DO RIO"Eu vivo em constante luta contra as minhas certezas. O pensamento que repousa nas certezas é imobilista. A dúvida, a provocação, têm muito mais conteúdo crítico." É dessa inquietude intelectual que o acadêmico Eduardo Portella mais se orgulha quando olha para sua longa atuação na vida pública, que será lembrada hoje em homenagem a seus 80 anos, na Academia Brasileira de Letras (ABL), no Rio. Segundo membro mais antigo da casa, onde entrou em 1981, o ex-ministro da Educação, Cultura e Desporto (1979-1980) será tema de uma exposição e de uma mesa-redonda que lembrarão sua trajetória como professor, escritor, editor e ministro. "A homenagem me toca muito, porque é uma forma de reconhecimento não a uma pessoa, mas a um percurso que vem de longe", disse Portella à Folha. Bacharel em direito e doutor em letras, criador da editora Tempo Brasileiro (que introduziu Heidegger no Brasil), Portella segue ativo como professor emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e como ensaísta, sua função preferida. "O ensaísta procura não fechar burocraticamente o pensamento. Ele comporta, no seu ato de reflexão, uma margem de risco bastante grande e não se incomoda com isso -o risco é como um companheiro de viagem." A mesa-redonda em sua homenagem terá sete convidados, cada um abordando um aspecto de sua carreira. Entre eles está a professora Beatriz Resende, colega de Portella na faculdade de letras da UFRJ e sua ex-aluna. Ela também é curadora da exposição "Quatro Vezes 20". "A principal colaboração dele é como ensaísta e intelectual público, um homem que rompe as barreiras", disse Resende. "Como professor, ele se preocupa em desmontar nossas certezas, mais do que em fazer grandes afirmativas."
QUATRO VEZES 20 |
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