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Eternidade de um instante Homenageado da Mostra de SP, cineasta russo Tarkóvski ganha exposições, livros e retrospectiva
DE SÃO PAULO O tempo corria de uma maneira diferente para o diretor Andrei Tarkóvski. Seus planos eram longos e contemplativos, contrapondo-se ao ritmo frenético das produções americanas que surgiam no fim dos anos 1970. A vida dele, no entanto, foi curta. O cineasta admirado por Ingmar Bergman, que faria 80 anos em abril passado, sucumbiu a um câncer de pulmão em 1986, aos 54 anos. Morreu exilado em Paris, onde, em estado terminal, recebeu a visita do filho Andrei, que na época vivia na então União Soviética. O diretor de "Solaris" (1972) e "Stalker" (1979) de certa forma conseguiu seu objetivo de domar a eternidade. Sua vida e obra estão sendo revistas em livros, exposições e retrospectivas a partir desta semana. Na quarta, na programação da 36ª Mostra de Cinema de São Paulo, o Brasil recebe a exposição Luz Instantânea, que reúne, pela primeira vez fora da Europa, as polaroides tiradas por Tarkóvski em seus últimos dias em Moscou. "Essas imagens são o adeus de meu pai a sua terra natal", conta à Folha o filho do cineasta, que hoje cuida do Instituto Internacional Andrei Tarkósvki, em Florença, na Itália. As polaroides também estão no livro "Tarkóvski Instantâneos", parceria da Mostra com a editora Cosac Naify. Já a editora É Realizações lança os diários que o cineasta manteve de 1970 até pouco antes de sua morte, além de volume com o roteiro de "O Sacrifício", seu último longa. E Tarkóvski não está forte apenas no Brasil. Saiu nos EUA e na Inglaterra o livro "Zona", no qual o escritor Geoff Dyer disseca "Stalker", que, por sinal, pode ser visto de graça no canal do YouTube do estúdio russo Mosfilm. Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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