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Agora é moda Em novo espaço, São Paulo Fashion Week começa hoje animada pela notícia de que setor será incluído na programação cultural da Copa do Mundo de 2014
VIVIAN WHITEMAN COLABORAÇÃO PARA A FOLHA A São Paulo Fashion Week dá hoje início, em novo palco, no parque Villa-Lobos, a sua edição outono-inverno 2013. E o faz com novo ânimo, após o anúncio, na semana passada, de que a moda, agora, é oficialmente cultura. O setor se entusiasmou com a notícia de que a programação cultural da Copa do Mundo de 2014 incluirá eventos de moda, ao lado de outras manifestações culturais, como música, literatura, gastronomia e artes plásticas. "A moda estará nas Arenas Culturais das cidades-sede da Copa. Para isso acontecer, será nomeado um curador que terá a tarefa de pensar a participação por meio de desfiles, exposições e outras ações", escreve Marta à Folha, falando de uma de suas primeiras providências como ministra da Cultura em relação ao universo fashion. O projeto Arenas Culturais quer aproveitar a grande exposição mundial que o país terá durante a Copa para divulgar a produção nacional. Assim, a moda, que desde 2010 é reconhecida oficialmente como manifestação cultural (sem que porém isso tenha se refletido em políticas públicas) entra na pauta. "A moda tem nossa atenção: minha, que sempre a compreendi como manifestação cultural; e do Ministério da Cultura, que dá espaço para discussões e parcerias com o setor", frisa a ministra. Marta, figura frequente nas primeiras filas de desfiles da SPFW, reuniu-se na semana passada com um grupo de representantes da moda, entre os quais estavam estilistas do evento que começa hoje. A lista incluía nomes como Reinaldo Lourenço, Alexandre Herchcovitch e Samuel Cirnansck, além da consultora Didi Rezende, uma das responsáveis pelo processo que levou o MinC, ainda na gestão Juca Ferreira, a olhar para a moda como cultura. "Ainda não sabemos como será a participação da moda nos eventos da Copa, mas imagino que tenhamos ações focadas no comércio conjugadas a outras focadas na imagem", afirma Rezende. O mais provável é que a vitrine fashion na Copa seja montada segundo um viés que tem ajudado a divulgação da produção brasileira, a chamada economia criativa. Agrupam-se sob o rótulo ideias como a das cooperativas artesanais que trabalham em conjunto com designers de talento reconhecido e o investimento em matéria-prima sustentável de qualidade. "Temos claro que moda e economia criativa têm tudo a ver", afirma a ministra. O caminho já fora trilhado pela pesquisa "Economia e Cultura da Moda no Brasil: Perspectivas para o Setor", desenvolvida pelo MinC e o Instituto das Indústrias Criativas e publicada em maio. Entre as conclusões da pesquisa estava a necessidade de inserir a moda na "agenda nacional de políticas públicas de cultura". Nesse contexto, os estilistas fizeram um pedido à ministra: financiar desfiles via Lei Rouanet. Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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