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Análise

Repetição de artistas inibe público maduro e atrai jovens

O público maduro está mais seletivo e os jovens são, mais do que nunca, a maioria

THALES DE MENEZES EDITOR-ASSISTENTE DA “ILUSTRADA”

O mercado de shows internacionais no país não apenas cresce pelo terceiro ano seguido. Ele está se transformando, e é essa mudança de perfil que pode explicar encalhe de ingressos de atrações fortes como Madonna e a fúria dos promotores contra a meia-entrada.

Nos últimos anos, com a vinda de nomes como Justin Bieber e Lady Gaga, o Brasil já viu praticamente todos os artistas do primeiro escalão do pop. Só têm do que reclamar fãs da cantora Adele e da boy band One Direction.

Dessa forma, cai em desuso a frase que os promotores adoravam imprimir nos cartazes: "Pela primeira vez no Brasil!". Em um mercado mais maduro, a passagem dos artistas no país a cada turnê vira algo rotineiro.

A banda americana Kings of Leon já veio ao Brasil três vezes -a última em outubro- e continua um nome fortíssimo no circuito mundial, atração principal nos maiores festivais.

A escalação parcial divulgada pelo Rock in Rio 2013 é uma lista de grupos e artistas que já passaram por palcos brasileiros, como Iron Maiden e Metallica -até Bruce Springsteen, encarado como novidade por muitos, tocou em São Paulo em 1988.

Se perde o frescor das novidades, o mercado passa a ser encarado de forma mais seletiva pelo público. Quem viu Madonna nas turnês brasileiras de 1993 e 2008 pode pensar bastante antes de pagar um ingresso considerado caro para rever a cantora.

Esse comportamento precisa ser levado em conta na escalação de shows em grande arenas. Não é fácil lotar o Morumbi, muito menos por duas noites.

Madonna deve cantar para um público menor na segunda apresentação, como aconteceu com o Pearl Jam no ano passado -mais um nome que voltará após intervalo curto, o Pearl Jam toca no Lollapalooza, em março.

Com os fãs mais velhos cada vez mais seletivos, o público jovem é atraído para os shows, o que aumenta o percentual de meia-entrada na composição da plateia. E quem vive de mesada ou primeiro emprego não tem renda para comprar tanto ingresso.

O quadro exige que as promotoras revisem o tamanho das arenas. Mais do que combater a meia-entrada como um bicho-papão, há a necessidade de descobrir antes o tamanho da fila dos ingressos.


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