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Crítica
Robin Williams dá vida a um dos grandes travestis do cinema
INÁCIO ARAUJO CRÍTICO DA FOLHANão falta no mundo quem aponte o sentimentalismo como uma marca desagradável das interpretações de Robin Williams. É verdade. Mas será esse um defeito do ator?
Trabalhando com Chris Columbus, uma espécie de mestre na medição dos sentimentos, em "Uma Babá Quase Perfeita" (TC Fun,16h10, livre) pode-se avaliar melhor o ator, quando despojado dos excessos do coração. Aliás, ele deve se conter mesmo: precisa se fazer passar por mulher para se disfarçar de babá e poder ver os filhos (é separado e tal).
Williams interpreta, no filme, um dos melhores travestis que o cinema já criou. Faz rir e ainda se dá ao luxo de um pouco de sentimentalismo. Interpretação para Oscar (o filme ganhou o prêmio só de maquiagem).