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Museus investem nas artes dramáticas
DE SÃO PAULOSe, por um lado, os teatros investiram em 2012 numa figura comum aos museus, a do curador, por outro, os museus investiram em teatro.
Diversos museus incluíram neste ano as artes dramáticas em suas programações.
No auditório do Masp, por exemplo, esteve em cartaz "Camille e Rodin", com direção de Elias Andreato.
A iniciativa acompanhou outro tradicional projeto teatral apresentado naquele espaço: o programa de leituras "Letras em Cena", que já completou sete anos.
O Museu Brasileiro de Escultura, por sua vez, abriu o seu auditório de 190 lugares para peças como "Shakespeare Amarrotado" e "Como Ter Sexo a Vida Toda com a Mesma Pessoa".
Trata-se de uma tentativa de "expandir a abrangência artística" do museu, conforme divulga texto de apresentação do projeto MuBE Nova Cultural.
Por fim, a montagem "Kollwitzstrasse 52", criação de Esmir Filho, Ismael Canepele e Marta Machado, esteve em cartaz no Museu da Imagem e do Som de setembro a novembro.
Durante o ano, o MIS também abrigou o programa mensal Dança no MIS, que tem curadoria de Natália Mallo.
O diretor do museu, André Sturm, diz que há intenção de expandir essa experiência no ano que vem. "Queremos prosseguir com esse diálogo entre artes cênicas e artes visuais, principalmente com espetáculos que se utilizam de diferentes mídias", diz.
Uma das estreias programadas, possivelmente para abril, é a do espetáculo "Deus É um DJ", do alemão Falk Richter. Com direção de Marcelo Rubens Paiva, o espetáculo se ampara em recursos tecnológicos, principalmente no uso do vídeo. Nesse sentido, estabelece uma aproximação com a linguagem de "Kollwitzstrasse 52".