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Depoimento
Na estreia, filme era programa só para os meninos
THALES DE MENEZES EDITOR-ASSISTENTE DA “ILUSTRADA”Fui ver "Star Wars" duas semanas depois da estreia no Brasil. Tinha 15 anos e morava em Santo André, no ABC paulista. O lugar que exibia era o gigantesco Cine Tangará, mais de 2.000 lugares! É sério, parecia um ginásio.
Revendo hoje, o filme é até meio tosco, mas era para nós a coisa mais impressionante do mundo. O sabre de luz tinha efeito quase hipnótico na molecada.
Muita gente nem entendia direito o que era a mensagem holográfica da princesa, mas achava demais.
Assisti duas vezes e me lembro de que se tratava de um programa para meninos. As garotas convencidas a assistir achavam uma grande bobagem.
Três anos depois, a empolgação com "O Império Contra-Ataca" foi maior. Pudera, acabava muito tenso, com Luke descobrindo que Darth Vader era seu pai, a Princesa Leia sequestrada e Han Solo preso numa espécie de barra de chocolate gigante.
Mas aí veio o frouxo "O Retorno de Jedi" e aquele bando de ursinhos que o George Lucas inventou.
Por isso, a magia ficou para trás, perdida num cinemão em Santo André.