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Mostra do Sesc explora interações entre arte e moda

Versão de evento montado no MoMA PS1, nos EUA, traz instalações feitas em parcerias entre artistas e estilistas

"Move!" tem obras de Vik Muniz, Marc Jacobs, Maurício Ianês, Alexandre Herchcovitch e Diane von Furstenberg

TRAJANO PONTES COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Unindo forças às artes visuais e às performances, a moda retoma o Sesc Belenzinho. O centro cultural, instalado onde um dia funcionou uma tecelagem da Moinho Santista S.A., recebe, de 9 a 19 de março, a mostra "Move!".

É a versão de um evento relacionando moda e arte realizado em outubro de 2010 no MoMA PS1, espaço do museu nova-iorquino dedicado à arte contemporânea.

"Não queríamos roupas em manequins ou fotos na parede. Todos fazem isso. Tudo na moda tem a ver com movimento e energia A mostra tinha que refletir isso", diz Cecilia Dean, uma das criadoras da revista "Visionaire", e, ao lado do jornalista David Colman, curadora do evento.

A edição atual traz oito instalações, resultado da parceria entre artistas e estilistas. Como o nome sugere, o movimento perpassa todos os trabalhos, que só existem com a participação do público.

"A mostra não deixa rastro. É uma experiência que não se reprisa, que deve ser vivida para que passe a ser sua", explica Antonio Haslauer, diretor geral da versão paulistana.

E o público de fato participa. Já na praça de entrada, o visitante se transforma numa cor ao vestir uma túnica desenhada pelo estilista Dudu Bertholini. Ao lado, grafiteiros do Banzai Studio estampam tecidos que depois, nas oficinas de costura a mão, virarão peças desenhadas pelo também estilista Pedro Lourenço.

CARRIE, A ESTRANHA

Para a curadora, a participação do público desmistifica moda e arte. "Ambas podem ser muito intimidadoras e exclusivas. A mostra é sobre fazer algo mais inclusivo," diz.

Em "Splash", do suíço Olaf Breuning, por exemplo, o público tem seu momento de Carrie, personagem do filme de Brian De Palma, e toma um banho de tinta vestindo um figurino de Cynthia Rowley. Ao escorrer, a tinta produz uma peça única, depois entregue ao participante.

A ideia de exclusividade também está em "Pose", em que Ryan McNamara fotografa pessoas vestindo roupas de Diane von Fürstenberg e Oskar Metsavaht. As fotos depois são incorporadas em estampas de papel de parede para contar uma história.

"É uma maneira de colocar o indivíduo como peça central da exclusividade evocada pela moda", diz Haslauer.

Saindo da produção para a exibição, a tecnologia de realidade aumentada de "Looks" -de Rob Pruitt e Marc Jacobs- insere o participante num desfile. Mas a curadora logo aponta a diferença da mostra em relação a um desfile.

"'Move!' é sobre o processo criativo. Em cada instalação -ou movimento, como chamamos-, as pessoas participam do processo. Num desfile, só veem as conclusões."

Nos dias 12 e 13, dois painéis com Pamela Golbin, do Museu de Artes Decorativas de Paris, discutem as relações entre arte e moda. "A verdadeira moda nutre-se de elementos que o estilista capta para criar algo relevante para o momento. Sem a arte, a moda perde muito, torna-se apenas roupa", diz Haslauer.

MOVE!
QUANDO de 9 a 19 de março
ONDE Sesc Belenzinho (r. Pe. Adelino, 1.000; tel.: 0/xx/11/2076-9700)
QUANTO grátis
CLASSIFICAÇÃO livre


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