Texto Anterior
|
Próximo Texto
| Índice | Comunicar Erros
Raio-X imobiliário raioximobiliario@grupofolha.com.br Cobiçado, Perdizes tem oferta reduzida ANA MAGALHÃESCOLABORAÇÃO PARA A FOLHA Apesar de a verticalização de Perdizes ter começado há 20 anos e a região estar consolidada no mercado imobiliário, o distrito ainda é cobiçado. A maior parte dos lançamentos residenciais nos últimos cinco anos, por exemplo, está 100% vendida. Levantamento feito pela empresa Geoimovel mostra que Perdizes foi um dos distritos da zona oeste de São Paulo que mais ganharam empreendimentos nos últimos cinco anos -foram 52 lançamentos. O líder na zona oeste, a mais rica da cidade, foi o Itaim Bibi, com 72 empreendimentos no período. De acordo com Mirella Parpinelle, diretora de atendimento da imobiliária Lopes, o "boom" de lançamentos já passou, mas a região ainda atrai investimentos imobiliários devido à localização e à valorização. "Está hoje entre os dez bairros mais caros de São Paulo", diz. "É uma alternativa para o cliente de classe média e alta, mas já não tem terrenos para lançamentos", argumenta Parpinelle, que destaca a redução no número de empreendimentos nos últimos dois anos. Pesquisa da Geoimovel mostra que outras seis torres residenciais devem ser lançadas em Perdizes nos próximos meses -o número é baixo quando comparado aos 20 prédios que serão construídos na Saúde. ESTOQUE BAIXO O valor médio do metro quadrado de um apartamento novo no distrito saltou de R$ 3.923 em 2007 para R$ 8.895 neste ano, uma valorização de 127% -superior à média da cidade, que foi de 113%. Michel Gdikian Neto, diretor comercial da Paulo Mauro Construtora e Incorporadora, instalada na região há 57 anos, afirma que, de 2007 para cá, "o preço dos imóveis na região ultrapassou o de bairros historicamente mais caros. Hoje, o valor do metro quadrado em Perdizes é quase igual ao de Pinheiros [distrito vizinho, considerado um dos mais nobres da cidade]". Mesmo diante dos valores elevados, o bairro, famoso por suas ladeiras, tem alta procura por imóveis residenciais. Prova disso é que, das 2.777 unidades lançadas desde 2007, há hoje apenas 293 em estoque. "Apesar dos seus 'altos e baixos', Perdizes é um bairro muito desejado", diz Gdikian Neto, brincando com o relevo do local. "Além da fácil locomoção para qualquer ponto da cidade, a região tem uma importante rede escolas e faculdades [como a PUC-SP], shoppings e estações de metrô." Segundo ele, a construtora, antes focada no distrito, agora está "obrigada" a investir em bairros mais distantes do centro, justamente pela falta de terrenos na região. Na avaliação de Marcelo Molari, diretor da Geoimovel, o distrito se consolidou com lançamentos de apartamentos de três e quatro quartos. "As incorporadores começaram a lançar unidades menores para caber no bolso do comprador, mas esses apartamentos não foram vendidos tão rápido", diz. A empresária Maída Novaes, 50, que morou em Perdizes por 25 anos e ainda trabalha lá, acompanhou a verticalização do distrito. "Gosto muito, mas acho que, juntamente às casinhas, o bairro vem perdendo também o romantismo." Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |