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Olha a onda
Praia Grande desbanca o Guarujá, recebe 37,6% dos lançamentos das principais cidades do litoral sul e atrai unidades de alto padrão
Zé Carlos Barretta/Folhapress | ||
Imóveis mudam de perfil na Praia Grande, no litoral sul de São Paulo |
Para quem gosta de mar e vive longe da praia, a compra de um imóvel no litoral significa o sonho da casa própria realizado.
A possibilidade de viajar com frequência, ter uma nova morada na aposentadoria ou uma renda com o aluguel são pontos fortes.
Considerando as cidades à beira-mar do Estado -sem incluir os quatro municípios do litoral norte e Bertioga, temas da próxima edição- há fartura de opções.
Só em Santos, Praia Grande, Guarujá e São Vicente foram colocadas 14.270 unidades à venda nos últimos três anos até março, segundo a Zarif Assessoria Econômica e o Secovi-SP. Dessas, 91,6% ficam em Santos e Praia Grande.
Mas o mercado está mudando. Famoso por empreendimentos de alto padrão, o Guarujá vem deixando de atrair incorporadoras e compradores. Já a Praia Grande, por muito tempo o "patinho feio" do litoral sul, passa por um aumento no nível e no número de lançamentos.
Segundo especialistas, a tendência é que a Praia Grande ganhe destaque com os edifícios lançados, valor do metro quadrado (em valorização) e expansão da cidade.
No Guarujá, a queda nas vendas e o aumento dos estoques ainda não tiveram influência sobre os preços, que estão em alta. "A tabela não diminui, mas você compra com descontos, pois o mercado ali está parado", diz Paulo Pinheiro, sócio-diretor da imobiliária Lopes.
Sobre o "futuro imobiliário" da cidade, Pinheiro diz que o Guarujá deverá perder público para a Praia Grande. Para Renato Monteiro, diretor regional do Secovi-SP, a "migração" já ocorre, mas rumo à Riviera de São Lourenço (condomínio aberto de alto padrão em Bertioga).
Pinheiro vê chances de bons negócios no Guarujá, devido aos "preços mais baixos do que poderia ter".
José Augusto Viana Neto, presidente do Creci-SP (associação dos corretores), aponta Praia Grande, Mongaguá e Itanhaém como as cidades com o maior potencial de crescimento.