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ÁREA COMUM
Escolha de móveis e valor do projeto geram discussões intermináveis
Decoração do condomínio é motivo de dor de cabeça
DA REPORTAGEM LOCAL
No primeiro mês, os fios pendurados e as paredes brancas
no hall de entrada são apenas
sinais de que se trata de um imóvel novo. O problema é quando a
situação se estende por meses
-e até anos-, e o morador acaba "acostumando-se" com a idéia
de não ter uma área de lazer e
nem sequer poder receber os amigos num espaço apresentável.
Foi o que aconteceu com a jornalista Sandra de Angelis, que, há
quatro anos, comprou um imóvel
sem prever a área comum decorada pela construtora e até hoje tem
de se conformar com os móveis
de PVC no salão de festas. "Nem
lembro quanto tempo o hall de
entrada ficou abandonado, mas
foi uma das poucas áreas que o
condomínio conseguiu decorar."
Situações como essa são comuns quando as construtoras
deixam a obrigação de equipar as
áreas sociais para o condomínio.
"Temos prédios entregues no início dos anos 90 e que até agora
não estão decorados", afirma o vice-presidente da construtora
RFM, José Romeu Ferraz Neto.
Discussões intermináveis entre
condôminos, por gosto ou pela
quantia a ser despendida, e dificuldades impostas pela construtora, que é dona das unidades não
vendidas, são os principais motivos para a demora no impasse.
"Sem contar que, nos seis primeiros meses, o condomínio deve
prever gastos com equipamentos
básicos, como lixeiras e forros para elevador, o que atrasa ainda
mais a decoração das áreas comuns", alerta Luís Henrique Ramalho, 33, diretor da Itambé.
De acordo com a gerente de
vendas da Lello Condomínios,
Débora Pereira, 30, quando a
construtora entrega as partes comuns sem decoração, cabe ao
condomínio convocar uma assembléia para discutir os projetos.
A dica principal, na avaliação do
presidente da Aabic (Associação
das Administradoras de Bens
Imóveis e Condomínios), José
Roberto Graiche, é nomear uma
comissão encarregada de decidir
como será a decoração partindo
de uma verba pré-aprovada.
"Isso evita discussões sem
fim, pois a comissão somente
ratifica, em assembléia, o projeto
escolhido", aconselha Graiche.
(CÁSSIO AOQUI)
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