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Imóvel malcuidado fica vago até 1 ano
EDSON VALENTE
FREE-LANCE PARA A FOLHA
ISABELLE MOREIRA LIMA
FREE-LANCE PARA A FOLHA
O mau estado de conservação
de boa parte dos imóveis disponíveis para locação na cidade também ajuda a puxar a média de
preços para baixo, diz José Roberto de Toledo, da administradora
Lello. "Um imóvel em boas condições é alugado em um prazo médio de 90 dias; um malcuidado leva de 180 dias a um ano", afirma.
Hoje, com a superoferta, os inquilinos passaram a ser mais exigentes com relação às condições
dos imóveis, segundo o presidente da Aabic, Claudio Anauate. E os
locadores tiveram de gastar mais
na manutenção ou mesmo na
modernização das unidades.
Há três anos no mercado, o corretor Alexandre Kim, 31, conhecido como Hans, observa que o
candidato a inquilino não nota
nada especificamente, mas sim o
conjunto do imóvel. Por isso ele
recomenda uma "faxina geral"
antes de colocá-lo para alugar.
Pequenas reformas ajudam a
valorizar o apartamento ou a casa.
"As pessoas não se importam de
pagar um pouco mais e ter qualidade", diz. Ele sugere, por exemplo, remover o carpete velho,
principalmente se o piso original
for taco. A mesma regra serve para azulejos pintados ou bordados.
As outras dicas se referem a paredes e portas. Paredes limpas são
essenciais para conquistar um locatário. Na dúvida sobre a cor,
"branco combina com tudo",
lembra. É preciso ficar de olho em
janelas e portas enferrujadas. "Podem afastar os clientes e devem
ser limpas com prioridade."
O mesmo acontece com as infiltrações, vilãs do aluguel, de acordo com a consultora imobiliária
Amélia Mattiussi, 58. "Se a pessoa
vai comprar o imóvel, compra até
detonado, mas, para alugar, ela
vai querer uma coisa bonita."
O diretor de legislação do inquilinato do Secovi-SP (sindicato de
imobiliárias e construtoras), Jaques Bushatsky, cita a clareza do
contrato como outro item importante. "Além de agradar ao cliente, evita futuras dores de cabeça."
Há três regras básicas para
atrair o locatário, ensina: descrever todos os valores negociados;
evitar brechas no documento, que
possam levá-lo à ilegalidade; e
não "delirar" no preço, respeitando as regras do mercado.
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