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CONDOMÍNIO
Troca do modelo custa a partir de R$ 80 mil; reforma sai por R$ 30 mil e reduz consumo de energia em 30%
Turbinar elevador pede tempo e capital
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Dar nova cara aos elevadores do
prédio leva para o alto o valor do
imóvel e economiza energia, mas
faz descer rapidamente o estoque
de caixa do condomínio.
Apesar dos atrativos, a troca de
elevadores é rara. "Requer obras e
um prazo de cerca de um ano",
explica Josiane Marcelino, 32, gerente do departamento de engenharia da imobiliária Hubert. "Só
para tirar um e colocar o outro, há
gastos de cerca de R$ 20 mil."
Modelos novos custam de
R$ 80 mil a R$ 130 mil, são feitos
sob encomenda e levam cerca de
dez meses para serem entregues.
Mas "consomem até 30% menos
energia que os antigos", ressalta
Francisco Bosco, 42, diretor comercial da Atlas Schindler.
Mais usuais que a substituição,
comenta Marcelino, são a conservação, a manutenção e a modernização dos elevadores. As duas
primeiras, obrigatórias, são feitas
mensalmente e envolvem limpeza
de roldanas, lubrificação e manutenção de cabos. A conservação
custa de R$ 100 a R$ 400 por mês,
e um contrato de manutenção, de
R$ 1.000 a R$ 3.000.
A modernização, por sua vez,
tem dois enfoques -técnico e estético. "No primeiro, diz respeito
a equipamentos com mais de dez
anos de uso", explica Bosco.
Nesse caso, em que são trocados
os equipamentos eletromecânicos do elevador, a despesa é de
R$ 30 mil a R$ 50 mil. O tratamento de "embelezamento" sai mais
em conta, de R$ 7.000 a R$ 15 mil.
"Atende a necessidades estéticas, como um desenho diferente
da cabina ou a colocação de um
novo teto, e ocorre mesmo em
prédios mais novos, de até cinco
anos de uso", declara Bosco.
A reforma técnica do elevador
também gera economia de energia no seu funcionamento -ele é
responsável por cerca de 50% do
consumo de energia.
Em um condomínio de 800
apartamentos na Vila Mariana, o
síndico Eliseu Moraes optou pela
modernização dos 12 elevadores
de 23 anos de idade. "Gastamos
R$ 1 milhão", conta. "Valeu a pena. Consumiam até R$ 30 mil por
mês em manutenção."
Lançamentos
Se a intenção é valorizar o imóvel com a aquisição de um novo
elevador, a melhor opção são os
modelos panorâmicos. Segundo
Marcelo Siviero, 35, gerente de
vendas da Otis Elevadores, eles
respondem por uma fatia de 3% a
5% do mercado de residenciais.
Um elevador recém-lançado é o
Smart Panorâmico, da Atlas
Schindler. Ele não possui casa de
máquinas, liberando espaço para
até um apartamento a mais no
edifício. Tem três laterais para visão panorâmica -só uma é necessária para o painel.
O custo de instalação do Smart é
30% menor que o de outros modelos, afirma o fabricante, e seu
uso propicia o mesmo percentual
de economia de energia.
Outra novidade é o Expert XXI,
da ThyssenKrupp Elevadores. Ele
também não tem casa de máquinas nem engrenagem. "Com isso,
não usa óleo de lubrificação, não
agride o ambiente e tem baixo
custo de manutenção", argumenta Lauro Galdino, 53, diretor de
tecnologia.(EDSON VALENTE)
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