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CONDOMÍNIO
"Internet rápida" libera e barateia o telefone
EDSON VALENTE
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Os pais não precisam mais expulsar seus filhos adolescentes
da frente do computador quando quiserem ligar para alguém,
nem mesmo reclamar de contas
telefônicas astronômicas. Planos específicos de ""internet rápida" em condomínios conciliam necessidade de informa-
ção e orçamentos apertados.
O segredo consiste em constituir uma rede no condomínio,
aproveitando os cabos telefônicos já existentes ou instalando
outros, geralmente de fibra
ótica. Esse sistema permite que
a internet seja disponibilizada
aos usuários 24 horas por dia,
independentemente da utilização das linhas telefônicas (confira preços no quadro abaixo).
Algumas empresas especializaram-se no fornecimento
do serviço, como a G&S, que
já o instalou em 115 prédios. Para o gerente de sistema intercom, Jair do Amaral, 30, as vantagens são ""disponibilizar a linha de telefone e conexão mais
rápida com a internet". Mas é
preciso de, no mínimo, 20 condôminos para a implantação.
Além da utilização de internet,
outros serviços agregados podem ser viabilizados com esse tipo de estrutura. "É possível fazer
com que o sistema de segurança
do condomínio também passe
pela rede", exemplifica Alexandre Edgard Trinhain, 28, supervisor de vendas da Redelink.
Dessa forma, a imagem captada por câmeras de vídeo no elevador ou no estacionamento do
prédio pode ser visualizada na
tela do computador. Outras opções de adicionais incluem a
""hospedagem" de um site e
programas para a administração financeira do condomínio.
Esses ""extras", no entanto, acarretam custos maiores aos moradores, lembra Marco de Oliveira, 36, gerente da Dialdata.
Em agosto, a TVA lança um
pacote específico de assinatura
de internet rápida para condomínios. Vito Chiarella, 35, diretor comercial do grupo, estima
preços cerca de 20% mais baratos que os cobrados individualmente. Será exigida adesão de
pelo menos seis condôminos.
Lazer pela internet tem se tornado mais ágil e econômico para usuários como o editor de vídeo Guilherme Leite, 28. Ele deixava o computador ligado a noite toda para baixar músicas em
MP3. ""Quando a conexão, via linha telefônica, caía de madrugada, todo trabalho era perdido."
"Cheguei a pagar R$ 200 de
conta telefônica", diz. O edifício
onde mora implantou, há dois
anos, o acesso coletivo à rede.
"Agora a mensalidade é fixa.
Deixo o micro ligado o dia todo.
Uso ainda a intranet para jogos
on line com outros moradores."
As administradoras aprovam
a novidade. "A instalação de cabeamento de fibra ótica valoriza
o patrimônio", diz Maria Lúcia
Abdalla, 50, diretora da Oma.
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