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CASA VAZIA
Má conservação e falta de segurança brecam vendas
Contratação de uma guarita exclusiva chega a custar R$ 8.000 mensais
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Um dos principais problemas de morar em uma casa de
alto padrão, de acordo com especialistas, é a falta de segurança desse tipo de moradia.
"Antigamente, morar em
casa já denotava certa posição
social. Hoje, isso fica muito
mais claro", observa Celso
Amaral, diretor da Amaral d'Ávila, empresa especializada em
avaliação imobiliária.
"Afinal, para possuir uma casa desse tipo, o ideal é ter segurança 24 horas", justifica. Os
custos de uma guarita exclusiva, com pessoal bem treinado,
chegam a R$ 8.000 mensais.
Para José Augusto Viana,
presidente do Creci- SP (conselho de corretores), outro empecilho diz respeito a imóveis
mais velhos, mesmo os que ficam em áreas valorizadas.
"Além da falta de segurança, há
reformas a serem feitas."
Viana diz que moradias com
esse perfil são melhor opção
para investidores. "Eles compram e conseguem esperar a
hora exata de revender. Em geral, quem está vendendo quer
resolver um problema. Não é o
mesmo cenário", analisa.
Com uma vacância que pode
chegar a mais de seis meses, o
fator determinante da venda é
o preço ser o de mercado.
"Em casas, temos o valor
emocional que o dono coloca
na propriedade. E, se ele não é o
de mercado, não dá para vender", explica Amilton Rosa, diretor comercial da imobiliária
Coelho da Fonseca.
Rosa afirma que "quem compra um imóvel desse tamanho
sabe quanto custa o metro quadrado ali e por quanto as casas
próximas foram vendidas".
Para quem deseja morar em
uma casa mas se preocupa com
a segurança, uma alternativa
são as unidades em condomínios fechados.
"Mesmo [o metro quadrado]
custando de 30% a 40% mais
caro [que o de uma casa de rua],
é para lá que vão os que realmente têm medo da falta de segurança", expõe Rosa.
Para quem está em dúvida
sobre o tipo de casa que quer
adquirir, uma opção é o aluguel
-ele custa, em média, 0,7% do
valor do imóvel, por mês.
"São pessoas que desejam
testar aquela propriedade antes de comprá-la", diz Bernd
Rieger, consultor imobiliário.
"Há também executivos que
sabem que irão permanecer só
três anos no país e, então, alugam por esse período."
(MD)
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