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Inspiradas em empreendimentos de Londres, Nova York e Paris, incorporadoras investem em residenciais ao lado de comerciais
Brasil importa estilo de vida
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Tendência em cidades como
Londres, Nova York e Paris, voltam a ser lançados, em São Paulo,
prédios residenciais ao lado de
vias estritamente comerciais.
As proximidades das avenidas Faria Lima e Eng. Luiz Carlos Berrini (zona oeste) são os alvos de
construtoras e incorporadoras.
"O Brasil está importando um
estilo de vida", diz Tomás Salles,
52, diretor de novos negócios da
imobiliária Lopes, a primeira no
ranking de vendas. "A casa, hoje,
tem mais importância que no
passado. A sociedade se enclausurou. Consequentemente, a demanda é por ambientes agradáveis e próximos ao trabalho."
"Esses novos residenciais refletem a necessidade das pessoas",
afirma Roberto Abud Filho, 32,
coordenador de novos negócios
da construtora Bueno Netto. "É
o tipo de empreendimento que dá
certo", completa Maristela Val,
32, gerente de marketing da construtora e incorporadora Cyrela.
Para Edmond Lati, 34, sócio-diretor da Conceito Construtora e
Incorporadora, projetos flexíveis
e para vários nichos de compradores são a tendência nos grandes
centros urbanos. "Mas, para viabilizar o investimento, a localização é fundamental. Não adianta
se isolar e achar que vai atrair."
Lançamentos
Dar ao morador a sensação de
que está num hotel cinco estrelas
é a idéia do recém-lançado Diogo
Home Boutique, incorporado pela Agra e pela Mac, na rua Diogo
Jácome (zona sul), diz Viviane
Frank, 36, gerente de marketing
da Agra. O empreendimento terá
manobrista, "concièrge", restaurante 24 horas e outros serviços.
"O Diogo é marcante por chegar
ao extremo no conceito de viver
bem", completa Rogério Santos,
34, diretor de planejamento e
marketing da imobiliária Abyara.
Também comercializado por
ela, o Mandarim, na rua Sansão
Alvez dos Santos, abrigará, em 40
andares, 338 apartamentos com
opções de um, dois e três dormitórios, além de lofts, dúplex e cobertura dúplex -as unidades variam de 46,5 m2 a 202 m2.
"O projeto acolhe vários grupos
de pessoas que não são atendidas
na área", analisa Val. "Elas trabalham na região e precisam morar
perto do trabalho por motivos de
comodidade ou de segurança."
Na opinião de Cassio Mantelmacher, 35, diretor da Schahin
Empreendimentos Imobiliários,
o segredo de condomínios com
mix de produtos é oferecer aos
moradores diversificação, mas no
mesmo padrão socioeconômico.
Inspirado em empreendimentos nova-iorquinos, o Live & Lodge, da Lucio Engenharia, agregará
numa só torre, na Vila Mariana
(zona sul), apartamentos e hotel.
"Os benefícios que os moradores
terão com o mix é que poderão
usar serviços como arrumadeira e
café pagando pelo uso", analisa
Gonzalo Fernandez, 35, diretor da
imobiliária Fernandez Mera.
A construtora e incorporadora
Goldfarb deve lançar, no segundo
semestre, um condomínio que
mescla apartamentos e casas, na
av. Aricanduva (zona leste). Os
serviços vão além do "home theater", oferecendo anfiteatro, casa
de bonecas e centro de estudos.
Paulo Petrin, 28, diretor de incorporação, explica que, nos
40.000 m2, haverá opções de um a
três dormitórios, com plantas diferenciadas. "Quisemos resgatar o
conceito de viver em comunidade, já que, de condomínios-clube,
o mercado está cheio."
(MONICA FÁVERO E PAULA LAGO)
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