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reportagem de capa
Empresas redefinem preto na tela de LCD
ESCURIDÃO >> Televisores com
novas tecnologias
fazem com que o
tom negro nas telas
de cristal líquido
mude
radicalmente
Rainer Jensen/EFE
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Visitante observa televisores em estande na IFA (Internationale Funktausstellung), maior evento do mundo nas áreas de telecomunicações e entretenimento eletrônico, que termina hoje em Berlim
DO ENVIADO A BERLIM
No menu da alta definição, a
sopa de letrinhas ganha novos
ingredientes em destaque. Se
antes bastava ostentar um Full
HD (ou 1.080p) para atrair
olhares gulosos, agora a indústria aposta em termos que não
eram tão ressaltados.
Até o preto ganhou uma nova
dimensão com alguns televisores de LCD apresentados na
IFA. Com taxas de contraste de
até 1.000.000:1, ante cerca de
50.000:1 de um bom aparelho
Full HD disponível no Brasil,
Sony, Panasonic, Samsung e
Philips mostravam televisões
em que o negro de uma imagem
na tela facilmente se confundia
com as bordas do aparelho,
quando pretas.
Por essa e outras novidades,
as empresas mostraram que a
qualidade de imagem e as cores
nas telas de LCD começam a ficar mais parecidas com as de
plasma, antes superiores na
seara das telas planas.
E as empresas fazem de tudo
para deixar à vista a diferença,
usando filmes escuros em aparelhos colocados um ao lado do
outro. Depois da experiência,
não é difícil o usuário passar a
considerar o que era negro, em
uma TV de LCD, um simples
preto-azulado ou um reles cinza muito escuro.
"Mas não se esqueça de que
todos os vídeos aqui são feitos
para isso, para ressaltar a qualidade", reconheceu um expositor da JVC que falava sobre um
aparelho com a tecnologia LED
LCD, que fornece uma cor preta impressionante. "Se você
não entregar conteúdo digital
de qualidade para o aparelho na
sua casa, a imagem vai ser
ruim", disse ele.
A dica serve para o consumidor comum no Brasil -ainda
que a TV não tenha as últimas
tecnologias. Um equipamento
de alta definição funciona bem
com alguma fonte compatível,
como TV digital, Blu-ray ou videogames como o PS3.
Outra característica alardeada por fabricantes foi a fluidez
de movimentos, ou a taxa de
quadros por segundo apresentada pela televisão, expressa
em Hz. Hoje, o comum, na indústria de telas LCD, é 60 Hz.
Nessa seara, a Sony foi quem
chegou mais longe. Sua Bravia
ZD500, que deve estar no mercado nos próximos meses, tem
uma frequência de 200 Hz.
Esse é o tipo de detalhe ao
qual o fã de esportes ou de filmes de ação deve prestar atenção redobrada. Quanto maior a
freqüência, mais definidas vão
ficar cenas rápidas -como uma
bola dividida ou a capotagem
de um carro. A fluidez de imagem pode ser também expressa
em ms (milissegundos, quanto
menor o valor, melhor).
Magras
Outro produto da Sony que
se destacou foi a Xel-1, que vai
começar a ser vendida no mercado europeu. Com minguadas
11 polegadas, a TV ostenta apenas três milímetros de espessura e tecnologia de LEDs com
material orgânico Oled.
Esse tipo de produto tem cores melhores, imagens mais
brilhantes e uma alta taxa de
contraste. O preço também é
superlativo: nos EUA, a tevezinha sai por US$ 2.500.
Os 3 mm de espessura da Xel-1 referem-se à parte mais fina.
Todas as fabricantes, na guerra
da magreza, desfilam apenas
suas melhores medidas.
É o caso da Sharp, que apresentou com destaque sua
Aquos XS1 LCD, que tem 2,3
cm na parte mais fina. A tela
Full HD, com uma taxa de contraste de 10.000:1 e freqüência
de 100 Hz, pode ser de 52 ou 65
polegadas. O aparelho deve
chegar ao mercado europeu no
próximo mês.
A Philips apresentou um protótipo, apenas com a tela de
LCD de 32 polegadas, ainda
mais magro: 8 mm.
(GVB)
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