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tecnologia
PC barato preocupa a indústria
NETBOOKS Computador com foco na internet tem pequena margem de lucro
MATT RICHTEL
DO "NEW YORK TIMES"
A indústria dos computadores pessoais está pronta para
colocar à venda dezenas de milhões de pequenos dispositivos
que utilizam energia de maneira mais eficiente e possuem sua
base na internet. Curiosamente, algumas das maiores empresas desse ramo consideram essa notícia ruim.
Os fabricantes de computadores estão cautelosos com o
novo modelo, pois os baixos
preços podem ameaçar ainda
mais a pequena margem de lucros dos produtores de PC.
Os novos computadores,
chamados de netbooks, foram
planejados essencialmente para navegar em websites e checar e-mails. O preço é pequeno,
com algumas vendas no valor
de até US$ 300.
Também eram pequenas as
empresas que desbravaram esse mercado, como a Asus e a
Everex, ambas de Taiwan.
Dell e Acer não estão dispostas a deixar que empresas
emergentes fiquem com esse
mercado para elas. A Hewlett-Packard entrou nesse ramo
com um híbrido de notebook e
netbook chamado Mini-Note.
Nos próximos meses, alguns
fabricantes devem apresentar
os "net-tops", as versões de
computadores desktop com
preços menores, projetados para acessar a internet.
Para analistas industriais, a
emergência dessa nova classe
de máquinas, aliada à tendência de nuvens computacionais,
nas quais os dados são gerenciados e armazenados em servidores distantes, pode ameaçar titãs como a Microsoft e a
Intel, ou mesmo a HP e a Dell,
por terem construído suas empresas a partir da noção de que
os consumidores desejam mais
potência e funções em seus futuros computadores.
Alguns fabricantes resistem.
A Fujitsu disse acreditar que a
tendência dos notebooks com
preços mais acessíveis pode ter
um efeito perigoso sobre os
rendimentos das empresas.
"Nós não pretendemos competir com Asus", afirmou Stan
Glasgow, executivo-chefe da
Sony Electronics.
O Eee PC, da Asus, vendeu
350 mil unidades; o Cloudbook,
da Everex, 20 mil. Isso representa uma gota de água no
oceano, comparado aos 271 milhões de desktops e laptops comercializados globalmente no
ano passado. Mas há um debate
intenso sobre as proporções
que essa linha pode assumir.
A consultoria IDC prevê que
as vendas podem crescer de
pouco mais de 500 mil, em
2007, para 9 milhões, em 2012.
A Microsoft tem participado
de maneira relutante desse
mercado. Embora não venda
mais o Windows XP, abriu uma
exceção para os laptops e os
desktops de baixo custo.
Tradução de
FABIANO FLEURY DE SOUZA CAMPOS
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