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Em Spore, célula evolui até ir para espaço
ESPERADO >> Depois de anos de desenvolvimento, game chega com versões para PCs, Macs, celulares e DS em setembro
Divulgação
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Cidade construída em game que vai ser lançado em setembro; usuário pode moldar detalhes
GUSTAVO VILLAS BOAS
DA REPORTAGEM LOCAL
No início, você é uma célula.
Bilhões de anos depois, comanda uma civilização intergalática
que veio daquela célula. E, em
Spore, é o jogador que cria a
história entre esses passos.
Não por acaso, um dos nomes
cogitados para Spore foi SimEverything -ou SimTudo, em
português. O designer do game
é Will Wright, criador de SimCity e The Sims, o maior sucesso de vendas dos PCs.
A Folha jogou, com exclusividade, as cinco fases de Spore:
célula, criatura, tribo, civilização e espaço. O Brasil o recebe
em 5 de setembro.
Célula
Com belos gráficos coloridos,
o jogador começa como um microrganismo que nada atrás de
alimento -a dieta pode ser carnívora ou vegetariana. Para coletar comida, é preciso driblar
-ou atacar- inimigos, ganhando pontos de DNA. Tais pontos
garantem o desenvolvimento.
Dá para colocar, por exemplo,
flagelos para nadar velozmente
ou espinhos como armas.
A célula do jogador vai crescendo -o que, no começo, é um
monstro perigoso, no final não
passa de um aperitivo- e ficando mais complexa, até que ela
adquire capacidade para viver
em terra firme.
Criatura
Na fase de criatura, o game
inovador começa a aparecer.
São convocados bichos feitos
por outros jogadores para povoar o mundo; eles vêm de um
banco de dados on-line, a Sporepedia.
No começo dessa fase, a criatura é ainda bastante simples.
Existem dois cenários principais de jogo, ambos em três dimensões. Um é o mundo, onde
está o ninho do animal, árvores,
inimigos, comida.
O outro é o Criador de Criaturas, em que o usuário desenvolve seu bicho: são dezenas de
opções de bocas, olhos, pernas,
garras, além de ornamentos como penas e armas como chifres
e veneno.
O animal pode ser personalizado: é possível esticar ou encolher a coluna, aumentar o tamanho dos olhos, girar os chifres. Tudo isso influi no desempenho da criatura na luta pela
sobrevivência.
Não há roteiro linear ou forma correta de jogar. Há espaço
para quem tem perfil explorador ou agressivo. Existe a possibilidade de brincar com um
carnívoro de hábitos sociais ou
um herbívoro furtivo.
Até existem pequenas metas
propostas pela inteligência artificial -elimine determinada
raça ou faça amigos. Mas nada é
obrigatório.
A criatura tem que participar
do ambiente. Entre as opções
estão caçar, colher frutas e procurar parceiros. Para isso, o jogador conta com ações como
cantar, dançar, pular, atacar e
espreitar. E cada bicho vai ser
mais competente em algumas
delas. O desenvolvimento da
criatura e o modo de jogar lembram um RPG.
Tribo
Quando o animal desenvolve
inteligência, começa a terceira
fase, com o foco social -acaba o
desenvolvimento físico. Alguns
hábitos na fase de criatura terão conseqüências nas características da tribo.
E alimento, de novo, é importante. Como em um game de
estratégia em tempo real, alguns membros da tribo são deslocados para a função de coletores, enquanto outros fazem a
defesa da tribo e constroem
lanças. Ou tocam tambores.
O objetivo -seja pelas armas,
seja pela música- é conquistar
outras tribos.
Civilização
Ao começar nessa fase, o jogador deve escolher entre uma
civilização de caráter militar,
religioso ou econômico. Um
mapa mostra onde estão as outras civilizações; é um jogo de
estratégia.
Os veículos (terrestres, aéreos ou marítimos) desempenham diversas funções -buscar recursos naturais, espalhar
a religião. Ele são feitos pelo jogador em um criador bastante
flexível. Os prédios -construções militares, fábricas, igrejas
etc.- também.
Espaço
A fase final é, aparentemente, a mais complexa: quase um
jogo à parte. A civilização atinge a era espacial e pode sair visitando galáxias com conteúdo
criado por outros jogadores.
Em um editor de OVNIs, o jogador cria o disco voador que
poderá abduzir animais. Esses
bichos, levados a outros planetas, mudam a evolução.
Além disso, é possível configurar todo um planeta, mudando geografia e atmosfera. E, no
novo local, lançar o esporo para
que outra jornada comece.
O game, recomendado para
maiores de 10 anos no Brasil,
está totalmente traduzido para
o português. É possível baixar
gratuitamente uma versão com
itens reduzidos do Criador de
Criaturas em www.spore.com. O preço sugerido do
jogo é R$ 99 na versão para
PCs. Uma edição especial de
pré-venda, que tem manual
mais extenso e livro de arte das
criaturas, sai por R$ 139.
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