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tecnologia
Veja como funciona um sistema de baixo custo sensível ao toque
KATE GREENE
DA "TECHNOLOGY REVIEW"
As telas sensíveis ao toque já
são bem populares. O iPhone e
o iPod Touch, da Apple, e a mesa touchscreen da Microsoft, a
Surface, oferecem exemplos
bem-sucedidos desse conceito.
O Windows 7, um sistema
operacional a ser lançado no futuro, é compatível com essa
tecnologia. Mas o poder dos
programas atuais para as telas
sensíveis ao toque continua a
ser limitado, e os pesquisadores
e os engenheiros não têm certeza ainda sobre a melhor forma
de explorar os monitores de
grandes dimensões.
Recentemente, porém, a Microsoft criou uma nova plataforma do tipo, chamada LaserTouch, que inclui um hardware
barato o suficiente para transformar qualquer tela em
touchscreen. O LaserTouch é
um sistema montado com base
na redução de custos: o hardware sai por cerca de US$ 200,
sem contar o display -uma TV
de plasma, por exemplo- e o
computador responsável por
rodar o programa.
Diferentemente do Surface,
que usa câmeras embutidas
dentro da mesa para detectar
os toques e um sistema de retroprojeção para criar as imagens, o LaserTouch lança mão
de uma câmera montada no alto do display.
Dois lasers infravermelhos,
cujos raios possuem grande
amplitude, ficam nos cantos da
tela para criar camadas de luz
invisível. Quando o dedo de
uma pessoa encosta na tela, o
plano da luz sofre uma interrupção -uma ação que é percebida pela câmera logo acima.
Uma das principais diferenças entre o Surface e o LaserTouch, disse Andy Wilson, um
dos criadores do Surface, é que
se pode utilizar o segundo em
displays de alta resolução. Esses displays funcionam bem
com os aplicativos gráficos, tais
como os programas de edição
de foto e vídeo.
Popularização
Apesar de as interfaces sensíveis ao toque terem ganhado
um grande destaque recentemente, não se trata, com certeza, de uma tecnologia nova. Há
décadas os pesquisadores realizam testes com as telas desse tipo nos laboratórios.
No entanto, somente quando
o iPhone mostrou uma aplicação prática para essa tecnologia, a empolgação em torno dela aumentou, afirmou Scott
Hudson, professor de ciência
da computação na Universidade Carnegie Mellon.
"O iPhone deu às telas sensíveis ao toque um enorme montante de visibilidade neste momento", disse.
"Acho que a tecnologia atingiu o nível de interesse do público em geral de forma que
muitos fabricantes estão vendo
isso como um potencial."
A Microsoft não é a única
empresa a oferecer grandes
displays touchscreen. Os Laboratórios de Pesquisa Mitsubishi Electric montaram o DiamondTouch, uma mesa sensível ao toque voltada ao setor
empresarial. A Perceptive Pixel, uma empresa jovem com
sede em Nova York e fundada
por Jeff Han, um cientista da
Universidade Nova York, vende telas touchscreen gigantescas, do tamanho de paredes e
capazes de funcionarem com
vários dispositivos.
E kits que permitem às pessoas montarem suas próprias
mesas touchscreen de código
aberto podem ser adquiridos
por qualquer interessado.
Tradução de RODRIGO CAMPOS CASTRO
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