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Coisa de criança
Redes sociais e mensageiros instantâneos estão entre as atividades preferidas dos pequenos, que gostam também de jogar on-line
Alex Almeida/Folha Imagem
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ESTUDO E DIVERSÃO NA INTERNET
Os irmãos Paulo, 9, e Dora Galvão de França Amaral, 12, da Escola da Vila, dividem o tempo no
micro; "gosto de pesquisar no Google", diz o garoto; a menina gosta de jogar e conversar no MSN
DANIELA ARRAIS
DA REPORTAGEM LOCAL
As crianças brasileiras passan cada vez mais tempo na internet. No último mês de julho,
gastaram cerca de 19h28min na
frente do computador, acessando, principalmente, redes
sociais, mensageiros instantâneos e sites de jogos, segundo o
Ibope/ NetRatings.
Pedro Teixeira Botelho, 6, faz
parte desse grupo. Aos três
anos, antes mesmo de se alfabetizar, o menino já possuía um
computador, pelo qual acessava sites de jogos e desenhos.
Hoje, o aluno da primeira
primeira série do ensino fundamental também usa o Skype
para falar com amigos e família.
"Para ele, a tecnologia é tão natural quanto uma geladeira. E
isso é bom", diz o pai de Pedro,
o analista de sistemas Marcelo
Teixeira Botelho, 40. "Mas, ao
mesmo tempo, o uso que ele faz
da internet é muito intenso.
Então temos que supervisionar
e colocar algum freio."
Números
Cerca de 2,5 milhões de
crianças de dois a 11 anos navegaram na internet residencial
brasileira em julho deste ano
-o número equivale a
10,6%dototal de pessoas que
acessaram a rede e representa
um aumento de 2h02 minutos
na navegação dos pequenos,
em relação ao mesmo período
do ano passado. Os meninos
são os que passam mais tempo
no micro, enquanto as meninas
consomem mais páginas.
Em comum, está o uso que os
pequenos fazem da internet.
"Eles costumam usar redes sociais, como o Orkut [cujo termo
de uso afirma que o cadastro é
para maiores de 18 anos], jogos
de simulação de realidade e
mensageiros instantâneos,
além de fazer pesquisas", diz
José Calazans, analista do Ibope/NetRatings.
Atrás do Brasil, está o Japão,
onde cada criança gasta cerca
de 14 horas por mês com atividades on-line.
"As crianças de hoje e as de
antigamente são as mesmas,
mas enfrentam realidades diferentes. Hoje elas são desterritorializadas, passam a viver em
um ambiente simulado e
aprendem a se socializar com a
internet", diz Calazans.
Nesta edição, conheça redes
sociais infantis, veja como escolas têm incluído a tecnologia
nas aulas e saiba que cuidados
você precisa ter antes de deixar
seu filho navegar.
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